Matteo: Eu Não Sei Nada Deles, Liv. E Importa?

Matteo: Eu não sei nada deles, Liv. E importa?

Matteo: E se a gente não tiver nada a ver com eles?

Olivia: Você diz nós dois como um par, certo? Se for, eu topo!

Olivia: Eu gosto do pente da Rose ou do broche da Kimberly. Você se identifica com os objetos do Jack ou do Edward?

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1 month ago

sms ✉ olivia & matteo

Matteo: Você sabe qual objeto você vai pegar no ritual?


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3 weeks ago

Matteo: Hm vi. Podemos ir sim. Te encontro lá?

Matteo: Mando uma mensagem mais perto para a gente combinar.

Olivia: Acho que nada além do que quase todo mundo sabe. E eu não sei qual o critério dessa coisa de reencarnação. Tipo, a gente volta toda vez tendo a mesma personalidade ou cada reencarnação muda?

Olivia: Porque se for a mesma essência, eu me identifico mais com a Rose do que a Kimberly.

Olivia: Mas, ei, chéri, viu que o instagram da cidade falou sobre uma Feira dos Sentidos?

Olivia: É só depois do ritual, mas tá afim de ir? Podemos conversar mais sobre isso lá.


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3 months ago
O Prefeito De Khadel Se Sente Honrado Em Ter [ MATTEO BIANCHI ] Como Morador De Sua Excêntrica Cidadezinha.
O Prefeito De Khadel Se Sente Honrado Em Ter [ MATTEO BIANCHI ] Como Morador De Sua Excêntrica Cidadezinha.

O prefeito de Khadel se sente honrado em ter [ MATTEO BIANCHI ] como morador de sua excêntrica cidadezinha. Aos seus [ 29 ] anos, ele é bastante conhecido pelos vizinhos como [ CROSSFITEIRO ]. Dizem que ele se parece com [ CHARLES MELTON ], mas é apenas um [ MODELO E INFLUENCER FITNESS ]. A ausência do amor em sua vida, deixou [ TEO ] um pouco [ EXIGENTE ] e [ EGOCÊNTRICO ], mas não lhe atormentou o suficiente para deixar de ser [ DETERMINADO] e [ LEAL ]. Esperamos que ele encontre a sua alma gêmea, quebre a maldição da cidade e consiga ser feliz!

triggers ─ menções de bullying, transtornos de aprendizagem e déficit de atenção

Giulia Bianchi queria mudar a vida da sua família. Mas um erro – ou talvez uma tentativa desesperada de sentir algo – mudou a dela primeiro. Nativa de Khadel, a maldição estava sempre presente, mas assim como sonhava em elevar o status social e financeiro da sua família, sonhava em; sentir algo como lia nos livros e via nos filmes. Claramente, a tentativa havia sido inútil. Qualquer faísca que pudesse ter achado que sentia na noite anterior havia se esvaído no amanhecer e, por sorte, o homem foi embora da cidade. Giulia, que também esperava que iria embora da cidade no começo do ano letivo para a universidade de Roma, foi pega de surpresa com os enjôos constantes, o cansaço excessivo, e não pode ignorar os sinais do iminente desastre nos seus planos.

Como todos na cidade, Matteo não era fruto do amor. Ele era uma inconveniência na história dos Bianchi. Por mais que Giulia tivesse decidido manter e cuidar do filho, não podia deixar de ser lembrada de tudo que não havia alcançado por conta da criança. Seus pais também haviam sido decepcionados pelo que acreditavam que seria o futuro brilhante da filha, mas os Bianchi acreditavam em cumprir o seu papel e assumir as consequências dos seus erros. Matteo era a consequência. 

Nascido no ápice do inverno, Teo era um bebê adorável. Apesar de não ter sido exatamente desejado, não deixava de ser uma criança encantadora, com bochechas tão redondas quanto o restante do corpo, e a pele levemente mais escura que lembrava o pai, desaparecido da vida de Giulia. Ela até tentou procurá-lo nos primeiros meses, mas não teve muito sucesso, com a família toda dele indo para fora de Khadel. Por mais que a criança não fosse parecida com os Bianchi, ele seria puramente Bianchi por fim.

Logo nos primeiros anos de vida, Teo começou a mostrar sinais de desajustamento e dificuldade de aprendizagem. Demorou mais para andar e falar que outras crianças. Não mostrava os mesmos sinais de desenvolvimento nas idades corretas. Giulia não conseguia passar tanto tempo quanto deveria com o filho, precisando trabalhar em mais de um emprego para que pudessem ter o mínimo de conforto. Definitivamente não conseguia ir com tanta frequência aos terapeutas e psicólogos infantis indicados seu causar um déficit no orçamento deles por meses.

Já no primário, não conseguia ficar parado por muito tempo para a classe, sendo constantemente enviado para a diretoria. Logo, ficou alto demais para sua idade, com os braços parecendo pesados demais para o seu controle. As roupas surradas e normalmente num tamanho menor que ele não ajudava nada para que ele se ajustasse com os colegas. Crianças podem ser francas demais, no limite do malicioso, e os comentários maldosos nunca lhes foram poupados. 

A cada ano que passava, as brincadeiras se tornavam cada vez mais maldosas. Por mais que Matteo se mantivesse calado, na dele, e sem perturbar ninguém além da sua mãe, que constantemente tinha que atender as reuniões relacionadas às suas dificuldades escolares, ele era um alvo fácil. Não revidava, escutava calado, e isso só fazia com que as outras crianças se aproveitassem mais. 

Foi numa surra particularmente dolorosa aos quinze anos que fez com que Matteo se jogasse com tudo na academia. Havia começado porque ele queria se defender. Mas, à medida que ele começou a se exercitar, Matteo descobriu coisas que nunca tivera antes: disciplina, determinação e um propósito. Nunca havia sentido como se estivesse no mundo para fazer nada, nunca se sentiu bom em nada, mas, de repente, havia encontrado algo em que se sentia capaz. E, com o tempo, as mudanças na sua aparência física se tornavam visíveis, assim como a mudança de atitude dos outros em relação a ele. 

Com isso, cada vez ele queria experimentar mais, ele queria ser melhor, mais desejado, mais bem tratado. Já não sabia se ele fazia isso porque desprezava os outros, ou porque desesperadamente precisava da aprovação dos outros. Talvez fosse culpa da maldição que não os deixasse sentir amor de verdade.

Ele foi encontrado pelas fotos e vídeos desengonçados de treino que postava e convidado a fazer alguns trabalhos de modelo, no final da adolescência. Um determinado ensaio que fez aos vinte e um anos se tornou viral, fazendo com que Matteo deixasse de ser um modelo qualquer para ser uma sensação da noite para o dia. Seu instagram explodiu e ele não sabia muito bem o que fazer, tendo que pedir ajuda de outros para conseguir administrar aquela nova vida.

Quem vê Matteo nas redes sociais encontra um modelo impecável, moldado à perfeição. Mas aqueles que ousam atravessar sua fachada cuidadosamente construída descobrem que a superfície é apenas um escudo — e que por trás dele há muito mais do que apenas um corpo esculpido. Aqueles que se atrevem a atravessar a fachada, são recebidos com uma assertividade mordaz que beira ao rude. Aos que são ainda mais atrevidos e decidem forçar o seu caminho para a vida dele, conhecem um lado muito diferente do egocêntrico narcisista que se importa apenas com a sua imagem física e descobrem um Matteo leal e dedicado, que só nunca aprendeu a confiar em alguém num nível profundo.


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3 months ago

𝐭𝐚𝐬𝐤 𝐨𝐧𝐞 ─ 𝐭𝐡𝐞 𝐫𝐞𝐯𝐞𝐚𝐥

𝐭𝐚𝐬𝐤 𝐨𝐧𝐞 ─ 𝐭𝐡𝐞 𝐫𝐞𝐯𝐞𝐚𝐥

Um espelho. Apenas um espelho. Como algo tão simples poderia ter qualquer significado? Matteo tentava processar a cena diante dele, mas nada fazia sentido. Seu caderno, o grupo ao seu redor, a cachoeira, aquela voz… tudo parecia uma realidade paralela, um sonho estranho do qual ele acordaria a qualquer instante. Ou melhor, um pesadelo. Mas por que, então, podia sentir a água fria escorrendo pelo corpo, o vento zunindo em seus ouvidos e a camisa encharcada aderindo ao peito? Seus sonhos nunca lhe pareciam assim tão reais.

Ainda assim, não podia ser verdade. Não podia deixar sua mente pregar essa peça nele. Se convencesse a si mesmo de que era tudo uma ilusão, talvez conseguisse afastar aquela sensação incômoda crescendo dentro de si. Matteo sentiu uma gota de suor percorrer a tênue linha da sua mandíbula, misturando-se à umidade do ambiente. Seu coração tamborilava contra as costelas com tanta força que ele jurava que todos podiam ouvir. Tentou ignorar. Tentou afastar a ideia absurda de que aquilo era real.

Se aquilo não passava de um delírio coletivo, por que continuava repetindo para si mesmo que não era verdade? Pensamentos intrusivos zuniam em sua mente como mosquitos incômodos, e ele lutava para dissipá-los. O mais lógico seria simplesmente dar meia-volta e ir embora. Fingir que nada daquilo aconteceu. Preferencialmente, nunca mais pisar naquele lugar e esquecer aquelas pessoas. Olhou de soslaio para o restante do grupo. Não formavam um conjunto harmonioso; na verdade, pareciam escolhidos por algum roteirista de tragédias com um senso de humor cruel. Era óbvio que estavam ali para entreter algum espectador invisível. Um alívio cômico, talvez. E a piada era ele.

Camilo, o primeiro a zombá-lo, obviamente. Esse sim, a maldição personificada. Matteo foi o primeiro a falar, mas agora se arrependia. Deveria ter permanecido calado, deveria ter ido embora sem receber o coice do mauricinho. Sentiu a raiva borbulhar em seu estômago e apertou os punhos. Por que ele precisava ser tão insuportável? Obviamente, Camilo nunca ouvirá um "não" em toda sua vida. Isso tornava ainda mais prazeroso ser a pessoa que lhe negava alguma coisa. Se fosse forçado a participar dessa palhaçada, ao menos poderia tirar um pouco de satisfação disso. Pequenos prazeres da vida. Mas se aquele homem fosse sua alma gêmea… Era melhor todos se prepararem para os próximos cem anos de puro caos.

Observou o homem ir embora, silenciosamente agradecendo por não ter perdido o pouco de paciência que lhe restava.

E então, Olivia. A escolha lógica. O destino mais previsível. Matteo sentiu os ombros enrijecerem. Eles tinham algo, não tinham? Algo que acabou tão dramaticamente quanto um acidente de carro em câmera lenta. Mas de forma muito mais silenciosa. Não poderia ter terminado de outro jeito. Matteo rangeu os dentes, afastando o pensamento. Nada daquilo importava. Não existia maldição.

Pasqualina. Graziella. Aaron. Helena. Christopher. E a novata…

Matteo tentava imaginar qualquer um deles como seu par romântico. Como almas gêmeas. Mas a ideia era risível. Ele nunca entendeu o amor. Para ele, era um conceito estrangeiro, algo que nunca lhe foi apresentado de forma verdadeira. Havia carinho por sua família, claro. Mas o carinho é uma obrigação, um dever. Nunca algo espontâneo, nunca algo livre. Se nem seus pais foram capazes de demonstrar amor, como poderiam esperar que ele o reconhecesse? Pior ainda: como poderiam esperar que ele o reproduzisse? Que se tornasse vulnerável a algo que nunca conheceu? Não. Era perda de tempo.

E ainda assim… parte dele queria que fosse verdade. Parte dele queria acreditar que algumas daquelas pessoas poderiam encontrar algo real. Porque, se o amor realmente existisse, então talvez houvesse esperança para ao menos alguns deles. Mas para Matteo? Não. O amor não estava em seu caminho. Era um conto de fadas para outros, não para ele. Estava muito melhor mantendo a cabeça baixa, focado em seu próprio caminho. Nunca mais deixando que o menosprezassem. Nunca mais sendo rebaixado. Nunca deixando que a vulnerabilidade o fizesse motivo de chacota novamente.

Com os pensamentos tumultuados, Matteo ignorou sua vespa largada na Casa Comune e seguiu a pé até em casa. Seus passos eram mecânicos, a mente perdida em suposições e dúvidas. A água ainda escorria de suas roupas, deixando rastros pelo caminho, mas ele não se importava. Ao chegar, deitou-se na cama sem tirar a roupa molhada, deixando que o lençol e o colchão absorvessem seu desalento. Fixou o olhar no teto, mas enxergava apenas o vazio. Seu coração ainda batia forte contra as costelas, resquício do medo, da raiva, da confusão.

Ele não compreendia a maldição. Mas sabia que, de alguma forma, ela já estava enraizada dentro dele. E isso era a pior parte.

( @khdpontos )


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1 month ago

Matteo não respondeu de imediato. Só observou. O vinho girava devagar entre seus dedos, mas ele nem olhava mais pra taça. Os olhos estavam nela. Sempre nela. Cada palavra que Olivia dizia parecia ficar suspensa no ar por tempo demais. Como se ele estivesse tentando absorver tudo sem deixar escapar nada. Quando ela enfim parou de falar, o silêncio ficou entre eles por alguns segundos. Matteo pousou a taça com cuidado sobre a mesa, o som leve do vidro sendo a única interrupção. Respirou fundo antes de dizer, "não sei, Liv." O olhar dele estava fixo no dela. Era raro vê-lo assim — tão direto, tão cru. Mas ainda assim... contido. Ele não era do tipo que se deixava levar. Nem pelas emoções, nem pelas memórias.

Ele desviou o olhar, só por um instante, observando o tecido branco sob seus dedos. Passou a mão ali, devagar, como se precisasse se ancorar em algo concreto antes de continuar. Ele não podia simplesmente pular em um relacionamento. Não era assim como às coisas funcionavam. Parecia apenas um estalar de dedos para Olivia, a as coisas eram como antes. "As coisas não voltam simplesmente a ser como era antes, Liv." Não apenas porque ela queria. Voltou a encará-la, agora com o maxilar levemente travado. "A gente queimou tudo de uma vez. E o que sobra depois disso? Cinza." Se recostou na cadeira, cruzando os braços num gesto quase involuntário — meio defesa, meio hábito. "Eu não sei se o que a gente sentiu foi amor. Ou só o reflexo do que a gente queria desesperadamente acreditar que podia sentir." A expressão dele suavizou por um segundo. "Mas... eu sei que doeu. E que ficou." O pior era o sentimento de abandono final que ele mesmo contribuiu.

Olhou pra ela de um jeito mais demorado agora. Não como quem avalia ou julga, mas como quem tenta sentir o que vem de dentro, mesmo quando não se quer sentir. "Eu não quero repetir o mesmo erro. Nem com você, nem comigo." A mão dele voltou à mesa, agora parada, como se pesasse mais. Ele hesitou um pouco, e então disse, mais baixo: "Então… se for pra tentar, tem que ser diferente. Do começo mesmo." O tom dele era mais suave agora, mas ainda assim firme. Como se essa fosse a única forma que ele conhecia de cuidar de algo: com cautela. Um meio sorriso apareceu nos lábios dele — pequeno, quase imperceptível. "Talvez a gente não seja mais os mesmos, Liv... mas talvez seja exatamente por isso que agora tem chance." Então ele estendeu a mão pra ela. O gesto era simples, sem grandes gestos dramáticos. Só um convite silencioso.

the end.

f l a s h b a c k : encontros

“Claro que significou, Olivia.” Ela assentiu levemente, com o olhar fixo em Matteo, mas apesar da resposta ter aliviado o seu coração, ela não bastou. Não quando ele desviava os olhos, não quando o corpo dele parecia querer se proteger de algo que nem ela conseguia nomear. Mas significou. Isso era um fato. Ela engoliu seco. Não sabia se doía mais ouvir que foi especial do que se ele tivesse negado. Porque, se foi, então por que ele deixou aquilo morrer? Por que permitiu que o asco tomasse conta ao ponto de deixá-la sozinha na pior versão de si mesma? Era um pensamento egoísta, considerando que havia feito o mesmo, mas não conseguia deixar de culpar a si mesma e a ele também. Ela o observou girar o vinho como se buscasse ali as palavras certas, ou coragem. Talvez os dois. Olivia piscou lentamente. Era raro que alguém a chamasse de Liv. Era íntimo demais, cru demais. Ela se manteve imóvel, mas sentiu o estômago revirar com o apelido. Nostalgia ou saudade, não saberia dizer.

Ela sentiu a vontade súbita de rir, um riso que não era de graça, nem zombaria, mas puro desespero. Inevitável. Como se não tivesse doído. Como se fosse só mais um tropeço do destino, e não o começo do fim da mulher que ela costumava ser antes de virar a musa de Khadel. E foi quando o ouviu dizer sobre seguirem em frente, como se aquela conversa, para ele, significasse apenas pôr em pratos limpos e colocar um ponto final definitivo. Ah. A velha saída prática de Matteo. Simples. Racional. Quase fria. Olivia suspirou e enfim soltou a mão dele, deixando-a cair sobre o próprio colo. Não era um gesto de raiva, mas de cansaço. Seus olhos se perderam por um segundo na mesa perfeitamente arrumada, antes de voltarem a encará-lo com uma doçura nada típica dela. — E se a gente tentasse de novo? — A pergunta saiu baixa, mas clara, sem rodeios. Nada de joguinhos, nada de entrelinhas. Só a verdade, crua. — Eu sei que não somos mais os mesmos. E que existe isso... essa maldição, essa... coisa que nos prende, que sufoca antes mesmo de acontecer. Mas e se a gente tentasse? As coisas parecem diferentes agora, com a Zafira ajudando, e as pessoas na cidade se apaixonando. Talvez seja o nosso momento. — A pessoa certa no tempo errado, ela começava a acreditar que haviam sido isso. Apenas eram imaturos, e a maldição forte demais. Talvez, agora, a chance de serem felizes num relacionamento de verdade fosse possível. Ela inclinou o corpo para frente, os olhos atentos, mas sem súplica. Era um convite, não um pedido. — Só... uma chance. Pra ver se aquela chama ainda existe. Porque naquela noite, Matteo, eu juro, ela brilhou. Forte. E eu acho que você sentiu também. Ou não teria sentido o asco bem no dia seguinte, como eu também senti. — Afirmou, ainda que ele não tivesse dito com todas as letras que isso havia acontecido. Pausou, mordendo o canto do lábio. — Não tô dizendo que vai ser fácil. Talvez o asco venha de novo. Talvez a gente falhe. Mas pelo menos a gente tentou. E se isso ajudar com a maldição? E se for isso que nos salva? — Havia esperança ali, sim. Mas também havia medo. Porque, no fundo, Olivia sabia que amar era a coisa mais perigosa que poderia fazer. E mesmo assim, estava disposta a correr o risco.

F L A S H B A C K : Encontros

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2 months ago

Ele observou o curativo, ajustando bandagem enquanto entravam no restaurante. "Quê?" Matteo franziu as sobrancelhas juntas ao ouvir a pergunta dela. Ele poderia era ter caido na risada. "Helena, desculpa a franqueza, mas.." ele hesitou porque, no fundo, ele sabia que talvez a franqueza não fosse assim tão boa, "eu não poderia ligar menos para você." Ele não tinha nada contra ela. Assim como não tinha nada em favor dela. Quando estavam juntos, Helena podia ser um pouco irritante para ele. Talvez era um certo ar que lhe parecia de superioridade, que ela passava. Mas, assim que se separavam, ela não cruzava sua mente duas vezes. Agora, com um corte no braço, um monte de gente doida falando de alma gêmea, menos ainda, mesmo que ela estivesse envolvida naquela história. "O que não é uma coisa ruim. É só que eu não tenho sentimentos em relação à você." Matteo deu de ombros, sentando na mesa escolhida. Ele não tinha certeza se ela estava tentando complicar, achando que havia algo mais naquela história, ou se ela iria simplesmente aceitar a sua versão dos fatos. "Você realmente deveria acreditar no que os outros dizem ─ eu sou inacessível." Tinha quase uma pitada de orgulho em sua voz ao dizer isso. Era um mecanismo de defesa, então Matteo não se sentia mal em se defender. "Helena, eu sei que você acredita em toda essa coisa de alma gêmea," ele ainda não estava muito inclinado a acreditar, "mas você não acha que sua alma gêmea deveria talvez ser mais... simples? Alguém que lhe ame por quem você é e toda aquela baboseira de filme?" Não que ele pudesse dizer que não eram eles, porque eles nem se conheciam, mas o problema já começava em até onde Matteo estava disposto a conhecer alguém.

Ele Observou O Curativo, Ajustando Bandagem Enquanto Entravam No Restaurante. "Quê?" Matteo Franziu

FLASHBACK

Helena observou Matteo com atenção, os olhos semicerrados como se tentasse decifrar cada hesitação, cada nuance no tom de sua voz ao dizer aquele "não" apressado, quase brusco. Ela podia ser um atriz, mas pelo menos tinha conseguido fechar o ferimento de Matteo relativamente bem, o que não quer dizer que seus olhos não voltavam de tempos em tempos a ferida para garantir que não estava manchando o curativo. Por mais que a energia que a adaga emanava ao tocar em seus dedos fosse um bom sinal a culpa ainda assolava o coração de Lena, que só queria poder fazer mais por Matt do que só agradecer. Até porque ela que tinha dado aquela ideia ridicula. "Tudo bem. Se tiver melhor até sairmos pode dirigir" ela suspirou cansada abrindo a porta do restaurante para ele. Sabia que ele era mais calado e tentava respeitar isso, mas o silencio começou a incomodar mais do que o normal "Matteo, você tem algo contra mim?" perguntou meio incerta o olhando por cima do cardápio. Não que ligasse para o que os outros pensavam, mas temia que ele fosse sua alma gêmea e aquele fosse o destino deles: A distancia "Você é reservado, entendo... Mas não consigo acreditar no que falam de você... Digo, é que falam que é meio inacessível e eu... Bem, devo estar incomodando" não era bem uma pergunta. Ela sabia que muita gente não gostava do seu jeito de ser e talvez fosse isso que o afastava. "Eu... Só queria te entender um pouco mais."

FLASHBACK

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3 months ago

Ele soltou uma risada. Não esperava que Aaron tivesse qualquer senso de humor. Não que Matteo fosse conhecido pelo seu grande senso de humor, mas estava esperando mais um punhado de comentários ríspidos e sarcásticos. Pelos burburinhos, Aaron era tão conhecido por isso quanto ele era conhecido pela sua falta de vontade de conversar com os outros. "Pela diversão?" Perguntou com se não o entendesse, com uma sobrancelha levantada. "Eu estou aqui porque nosso amigo falou para eu o encontrar aqui. Eu não sabia que era um encontro." Talvez a sua resposta fosse muito defensiva, mas ele não queria que o outro ficasse pensando que ele estava indo para um encontro e, pior, com Nico. Tinha uma reputação para manter. "Eu acho que as forças cósmicas tem mais o que fazer do que decidir a minha vida amorosa," Matteo disse de forma resoluta, so contentando em dar uma resposta rasa. Com oub sem maldição, não acreditava que havia algo escrito nas estrelas, algum caminho que ele deveria seguir. Se existisse, alguém nesse universo devia odiar muito sua família, porque eles não podiam ter recebido uma mão pior para o jogo da vida. "O grupo de almas gêmeas? É mais capaz de termos sido assassinos e vítimas um do outro do que qualquer coisa romântica," comentou passageiramente, se rendendo ao copo de vinho em sua frente e tomando um gole. "Como você foi parar na cachoeira?" Perguntou.

Ele Soltou Uma Risada. Não Esperava Que Aaron Tivesse Qualquer Senso De Humor. Não Que Matteo Fosse

Aaron soltou um riso curto, balançando a cabeça enquanto girava a taça de vinho que já tinha na mão. "Não, não diria isso." Levou a bebida aos lábios antes de continuar, a expressão carregada de ironia. "Mas, considerando que sua alternativa era o Nico, eu definitivamente sou um upgrade." Ele apoiou um cotovelo na mesa, observando Matteo com um interesse mais analítico agora. A cidade inteira estava obcecada com aquela história de almas gêmeas, e era interessante ver como cada um lidava com isso. Matteo, ao que parecia, estava tão cético quanto ele – o que tornava aquilo tudo um pouco mais suportável. "Mas já que tocamos no assunto," continuou, agora mais relaxado, "o que você acha dessa coisa toda? Vai fingir que não acredita e só está aqui pela diversão, ou já está começando a pensar que pode ter uma força cósmica decidindo sua vida amorosa?" A pergunta veio com um tom levemente provocativo e levemente julgador, mas sem pressão real. Apenas uma forma de medir a temperatura do encontro – e do próprio Matteo.

Aaron Soltou Um Riso Curto, Balançando A Cabeça Enquanto Girava A Taça De Vinho Que Já Tinha Na Mão.

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3 months ago

Ele olhou ao redor enquanto entravam no recinto e ouvia apontar que não havia curtido o local como merecia. Novamente, se sentiu incrivelmente ciente de como não se encaixava. Não conseguia entender numa forma de curtir o local como merecia. Tudo parecia exarcebar a riqueza dos residentes de Khadel. Matteo não conseguia se identificar com o local. Era como tirar um peixe d'água e esperar que ele nade no ar. Eles foram escoltados até uma das mesas no salão de jantar, mas Matteo quase desejou ter perguntado se poderiam sentar na parte externa. Talvez o ar e a vegetação ao redor o fizesse se sentir menos deslocado, como se pudesse fingir que o encontro não aconteceia naquele restaurante (como se a enorme quantidade de talheres na mesa não denunciasse o problema). O retorno da pergunta não o surpreendeu, mas o fato de ter sido quase retórica sim. Talvez fosse muito ter esperado uma completa trégua. Olivia nunca foi uma pessoa passiva ou que desviava de um desafio, e Matteo poderia ser um grande desafio.

"O que você espera, Olivia?" Matteo perguntou entre um suspiro cansado. Ela estava o colocando num lugar ainda mais desconfortável pressionando-o. Ele estava disposto a passar por cima do seu desconforto, fingir que era inexistente e, talvez em algum momento, ele realmente começasse a acreditar que era. Porém, talvez fosse a atitude dela de que tudo girava ao seu redor, ela não poderia deixar o seu desconforto passar batido. Não sabia se era uma avaliação justa, mas sentia-se como um animal retraído em sua jaula, com a dona forçando-o a sair. "Um sorriso e um pedido de desculpas, e tudo voltaria a ser como era antes?" Ele continuou, com notável dificuldade em colocar as palavras para fora. Seu tom era baixo e ríspido, como quem não gostaria de estar falando coisas do tipo. Não deveriam estar falando dos seus gostos atuais, seus sonhos e desejos? Não deveriam estar vendo se eram um possível par e poderiam se apaixonar? Matteo sabia que antes de tudo eles precisariam falar do passado entre eles, mas teria preferido que ela o tivesse feito sem que ele fosse o alvo da provocação. "Bem, desculpa se eu não sou um dos seus admiradores. Se eu não me desdobro para deixá-la feliz." As palavras haviam saído mais rápido do que conseguiu pensar, tropeçando pelos lábios, mas não se arrependeu no fim. Talvez pudesse ter sido um pouco mais gentil na sua escolha, porém até aquele momento Olivia estava conduzindo toda a situação e ele só estava seguindo, deixando-a guiar como se ele fosse um vira-lata. Ele precisava ter alguma agência também sobre a situação. "Eu vim aqui porque eu concordo que precisamos conversar. Porque eu não sou mais o pirralho de vinte e um anos com medo de encarar algumas coisas." Apesar que agora havia um número de coisas diferentes em que ele preferiria não encarar, mas preferiu não levantar aquele ponto. Tinha certeza que o acontecimento da cachoeira ainda era uma situação com muitas perspectivas, e algumas possivelmente ele não estava pronto para lidar com elas. "Eu não estou confortável. É isso que você queria ouvir?" Ele levantou uma sobrancelha em resposta ao tom de desafio. Com qualquer outra pessoa, Matteo provavelmente não seria tão brusco, mas no fundo ele ainda tinha um sentimento de familiaridade com ela e queria que ela o visse novamente pela pessoa que era e não quem ele fingia ser. Se ela o visse por quem era, talvez aqueles comentários infeliz fossem deixá-do de lado e as farpas não precisariam ser trocadas. "O fato de eu saber que a conversa precisa acontecer não torna nada disso mais... Confortável para mim. Se isso te incomoda, então realmente, a solução é irmos embora," finalmente, ele respirou fundo e soltou um suspiro. "Agora, você está disposta a deixar com que eu lide com meu próprio desconforto sem que isso seja uma preocupação sua ou vamos ter que ir embora?" Agora era a vez dela. Matteo havia tomado a decisão de estar ali. Era uma decisão que o colocava numa posição desconfortável, de vulnerabilidade, mas era a decisão que ele havia tomado e lidaria com ela. Se Liv queria alguém que estivesse ali com um sorriso no rosto e palavras doces... Ela havia escolhido a pessoa errada.

Ele Olhou Ao Redor Enquanto Entravam No Recinto E Ouvia Apontar Que Não Havia Curtido O Local Como Merecia.

Ela observou Matteo com atenção, captando cada mínimo detalhe. O jeito como ele puxou a gravata de forma discreta, achando que ninguém estava olhando. O cumprimento curto, o sorriso ensaiado — Matteo nunca foi de excessos, e isso não havia mudado. Mas Olivia percebia mais do que ele imaginava. O nervosismo, o desconforto, estavam ali. Ele podia tentar esconder, mas ela ainda se lembrava de algumas de suas táticas. Quando ele disse “vamos”, Olivia sentiu algo dentro de si se contrair. Ele estava ali, mas será que realmente queria estar? Ele parecia distante, fechado em sua própria fortaleza. Por um momento, ela se perguntou se era assim que Matteo se sentia o tempo todo. Perdido dentro de si mesmo. Talvez estivesse tão absorta em manter as aparências de um relacionamento perfeito que não notou as coisas que realmente importavam sobre ele.

Ela respirou fundo e manteve o sorriso, mesmo que tivesse vontade de provocar. Era o que sempre fazia quando se sentia fora de controle — transformava tudo em um jogo. Mas dessa vez, não parecia certo. Dessa vez, Matteo não era só um rosto bonito ou uma distração passageira. Ele era a pessoa que ela não conseguiu esquecer, por mais que tentasse. A pergunta a pegou de surpresa. Não que o conteúdo fosse algo absurdo, mas a tentativa genuína de conversa para preencher o silêncio partindo dele era algo notável. Ela riu baixinho, sem pressa. — Já, sim. Mas vim a trabalho, para gravar e divulgar o restaurante no meu instagram, então não curti como o lugar merece. — Decidiu não dizer em voz alta que também esperava ter um encontro romântico ali, algum dia. E, honestamente, meses atrás quando o restaurante inaugurou, ela jamais imaginou que seria com Matteo, mas estava feliz por sua escolha, e por ele ter aceitado.

Ela inclinou levemente a cabeça, estudando-o. Ele parecia desconfortável naquele lugar, e isso a fez sentir um pequeno aperto no peito. Matteo nunca gostou de estar onde não se encaixava. — Mas e você? — Ela perguntou, suavizando o tom e esboçando um sorriso torto. — Porque, sinceramente, você parece odiar estar aqui. E não sei se é o lugar ou a companhia. — Seu olhar era desafiador, mas não cruel. Apenas honesto. Se ele ia se fechar, Olivia ao menos queria saber se ele teria coragem de admitir. Ela deslizou os dedos pelo próprio braço, uma mania antiga que voltava quando estava pensativa. Matteo sempre foi um mistério para ela, e talvez fosse isso que a fazia querer entender. Será que ele ainda era o mesmo garoto que guardava tudo para si? Ou havia algo nele que ela não via? Olhando para ele agora, Olivia sentia que algo estava diferente. Mas não sabia dizer se era nele… ou nela mesma. — Mas, honestamente, espero que seja o lugar, porque posso tentar fazer algo a respeito. Mas, se for a companhia... Bem, receio não ter uma solução a não ser irmos embora.

Ela Observou Matteo Com Atenção, Captando Cada Mínimo Detalhe. O Jeito Como Ele Puxou A Gravata De

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3 months ago

Desde o acontecimento na caverna, Matteo não conseguia parar de pensar na maldição, na profecia, nos acontecimentos que o levaram até ali. Sua mente sempre foi inquieta e a enorme quantidade de perguntas e incertezas não ajudava em nada. Ao contrário dos outros, entretanto, ele achava que seria o que teria mais dificuldade em conseguir juntar os pontos, afinal, Matteo só conseguia ter resultados a partir de muita disciplina e ele não sabia se tinha disciplina suficiente para aquela coisa tão... estranha. Sempre foi metódico, ao ponto de ser superticioso. Se tinha um casting, precisava levar o rosário da sua mãe, porque carregou quando teve o seu primeiro grande trabalho. Se tinha uma competição, se alimentava exatamente da mesma forma no dia anterior, a fim de não arriscar passar mal. Ser uma das almas gêmeas não estava exatamente nos seus planos e ele não sabia se conseguia entender. Por que ele? Não seria algo que teria uma resposta. Uma pequena parte dele, entretanto, queria acreditar que tudo era verdade e, quem sabe assim, ele não podia realmente achar alguém que o quisesse além das aparências.

No seu horário habitual, religiosamente, Matteo entrou na Casa Comune para a única coisa que o trazia paz. Mesmo que tudo estivesse confuso e estranho, a sua rotina e, principalmente, a sua rotina de exercícios era a coisa que mais acalmava a mente inquieta de Matteo. Estava tão envolvido no seu set que não notou a aproximação de Olivia, que normalmente atraia olhares alheios por onde passava. "Ah," exclamou, sentido-se estúpido que aquela era a primeira palavra, ou som, que emitia para a ex-namorada em sete anos, "claro," disse se afastando um pouco do Smith Press. Ele molhou o lábio superior com a ponta da língua, como se o movimento pudesse, de repente, fazê-lo saber todas as palavras que deveriam ser ditas. Porém não sabia, ou não queria saber. Matteo nunca foi um homem de muitas palavras, mas se havia alguém que tivesse conhecido todas as palavras que ele tinha, aquele alguém era Olivia. Era o mais próximo que estivera de vulnarabilidade verdadeira. Uma das poucas amigas que tivera. Se é que poderia chamá-la de amiga quando foi tão fácil para ambos se desvincularem. Matteo agora via como ele havia sido estúpido. Um emoji confirmando o término era dificilmente uma atitude sensata, mas naquela época ele não conseguia lidar com o desconforto que as sensações lhe davam. Achou que o término seria para o melhor, mas sempre teve uma pontada de arrependimento de como as coisas acabaram. Se, por nada, Olivia não merecia o lado babaca que ele certamente podia apresentar. "É bom vê-la novamente," acabou dizendo apenas para preencher o silêncio, mas logo se sentido ainda mais idiota por que não fazia sentido; ele a via o tempo todo pela cidade, só não se falavam. "Então...?"

Desde O Acontecimento Na Caverna, Matteo Não Conseguia Parar De Pensar Na Maldição, Na Profecia, Nos

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casa comune (academia)

Há muito tempo que Olivia não era mais do tipo que passava dias refletindo sobre sentimentos. Gostava de agir, de tomar decisões rápidas e certeiras, sem se permitir devaneios desnecessários. Mas em alguns momentos afrouxava suas garras, como agora, quando após a revelação de ser uma das almas gêmeas, um nome em especial parecia insistir em permanecer em sua mente: Matteo. Ela não esperava sentir falta dele. Não daquela forma. Não apenas das conversas e da química fácil entre os dois, mas da sensação de serem um casal tão amado, da forma como os olhares se voltavam para eles quando entravam em um lugar juntos. Alguns os admiravam, outros os invejavam, mas, no fim, tudo se resumia a atenção – e Olivia sempre adorou estar no centro dela. Pensar nisso se tornou um hábito irritante, quase incontrolável, nos últimos dias, até o dia em que o dono do Il Giardino anunciou que ofereceria um jantar gratuito a todos eles, na mesma noite. A ideia era boa, uma ótima oportunidade para socializar e desfrutar de um evento requintado. Mas Olivia só conseguia pensar em uma coisa: queria ir com Matteo. A decisão se formou dentro dela como algo inevitável, e quando percebeu, já estava planejando como encontrá-lo. Sete anos haviam se passado, mas o ex-namorado continuava metódico como sempre – os horários dele na academia nunca mudavam. Ela não podia simplesmente mandar uma mensagem, não depois de tanto tempo. Não depois de, justamente, ter terminado a relação dessa forma.

Foi assim que, num fim de tarde, Olivia entrou na academia com roupas esportivas, ainda que não tivesse intenção nenhuma de se exercitar. Seu coração batia mais rápido do que gostaria de admitir enquanto seus olhos procuravam por ele. E lá estava Matteo. Sozinho, como sempre, focado e disciplinado. O alívio por não precisar lidar com plateia a fez soltar o ar que nem percebeu que estava prendendo; o que era incomum, visto que ela adorava ser vista. Liv caminhou até ele, sentindo um desconforto estranho crescer em seu peito. Não sabia por que estava tão nervosa – isso nunca acontecia. Desde que passara por todos os procedimentos que a transformaram na mulher que era agora, nunca mais havia se sentido assim ao falar com alguém. Mas ali, diante dele, sentiu como se tivesse voltado no tempo. Como se ainda fosse a Olivia “patinho feio”, hesitante, ansiosa, presa à insegurança que acreditava ter deixado para trás. Parou perto o suficiente para que ele notasse sua presença e pigarreou discretamente antes de falar. “ Oi, Teo. ” Foi um cumprimento sutil, quase tímido, e aquilo a irritou. Ela não deveria estar nervosa. Olivia respirou fundo, se forçando a continuar antes que perdesse a coragem. “ Sei que detesta interromper o treino para falar, e prometo não tomar muito do seu tempo, mas… será que podemos conversar rapidinho? ”

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