Auroraescritora - Aurora Escritora

auroraescritora - Aurora Escritora
Tags

More Posts from Auroraescritora and Others

8 months ago
I Get The Urge To Draw Him Every Once In A While

I get the urge to draw him every once in a while

1 year ago

Fixo

SEJAM BEM-VINDOS!

Oii, como vai?

Você pode me chamar de Ana ou Aurora, meu pseudônimo. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e originais.  Aqui colocarei minhas ideias e histórias, trazendo o que eu puder de interessante para esse pequeno cantinho de criatividade.

MEUS SITES DE ESCRITA

> Spirit Fanfiction

> AO3

> Tapas

>Dreame (Uma das minhas histórias completas. Se você puder dê uma olhada^^)

>AO3

>SpiritFanfics

>Dicas de Escrita 

> Tumblr - Meu blog pessoal de escrita e dicas sobre escrita.

MEUS LINKS

Tudo o que eu escrever estará sob o link mywriting

Os posts sobre as dicas de escrita estarão sob o link aurora ajuda para escritores

Todos os posts reblogados não terão tags.

Agora que tiramos isso da frente, podemos começar!

Eu escrevo desde o início dos anos 2000 e já passei por milhares de fandons, porém escrevi para poucos. O primeiro em que escrevi foi o de Naruto, depois Supernatural por uns bons cinco anos e lá pelos anos 2010 Percy Jackson, lugar que não saí desde então.

A verdade é que eu escrevo originais com a imagem que eu tenho dos personagens de Percy Jackson, e como os aspectos dessas histórias não são completamente originais (apenas uns 85%) eu considero minhas histórias fanfiction. Por exemplo, sempre imagino Percy com quase dois metros de alta, cabelos castanhos e levemente clareado do sol, pele bronzeada e olhos verdes, a personalidade tende mais para o lado rebelde e ligeiramente obscura dependendo do enredo. Já o Nico é alguém que tem o exterior vulnerável e doce, mas que por dentro é o mais forte e inteligente, principalmente na parte mental. Imagino ele com cabelos lisos e ondulados, pretos, olhos negros, nariz fino e arrebitado e pele cor oliva-escura, não exatamente chegando a ser uma pele negra. Os enredos, também, são os mais variados. Já escrevi sobre máfia, vampiros, a/b/o e outros que eu nem me lembro mais.

A questão aqui é que encontrei no Percy e no Nico meus modelos perfeitos de personagens para escrever, eu confesso, também os modifiquei bastante durante os anos, suas personalidades e histórias de vidas, para se adequarem ao que eu precisar dependendo da história que eu estiver contando.

O que eu realmente quero dizer é: eu criei uma versão deles, com motivações e objetivos tão diferentes dos livros que eles na maioria das vezes são bem OCC e fora do caráter original, sabe? Embora eu tente manter a essência deles viva. Isso me permite criar mundos e enredos que do contrário eu não me sentiria inclinada a escrever.

Imagine dessa forma, eles são os meus brinquedos favoritos para brincar, mesmo que eu tenha milhares de outros tão bons ou até melhores; eles ainda são os meus favoritos e sou apegada a eles. Dessa forma, não espere que eu vá escrever enredos canon, são bem raros para mim. A razão disso? Bem... me sinto muito limitada e eu não quero lidar com Will Solace.

Sou Anti-solangêlo? Pode se dizer que sim. É simples, não gosto de personagens jogados e que aparecem miraculosamente para ser o par de um personagem só porque ele se tornou popular. Eu, como demisexual, não aceito o fato de não ter desenvolvimento em como um romance acontece. Bons exemplos de casais, Reyna e Percy já que eles têm um bom tempo para se conhecer em cenas, Percy e Rachel já que eles também passam um tempo juntos e não simplesmente começam a namorar, Percy e Annabeth, e até Annabeth e Reyna eu aceitaria já que elas passam um tempo juntas, mesmo que seja desconfiando uma da outra. É tudo o que eu tenho a falar sobre o assunto. Então, vocês não me verão escrever boas coisas sobre eles.

Já sobre o blog de dicas de escrita, é um projeto que tenho há cinco anos. Sou alguém que precisa aprender algo novo de vez em quanto, por isso fiz um blog de escrita criativa. Com o tempo ele foi se tornando algo mais parecido com um trabalho, então decidi movê-lo para um lugar que me permita uma remuneração por isso. Vocês estão convidados a participar dele também; logo teremos posts interessantes sobre como melhorar nossas histórias por lá.

Bem, é isso. Sou uma escritora lenta e por vezes metódica, não sei como lidar muito bem com o fandom, principalmente pela agressividade que eu costumava ver. Também não sei trabalhar com pedidos, sabe? Eu preciso seguir meus pensamentos e não o que as pessoas me pedem, o não me impede de tentar encaixar sugestões nos meus textos. Estou fazendo o meu melhor para me enturmar mais. Então, sugestões são sempre bem-vindas, porém o que me dá vida é receber feedback e comentários. Também quero avisar que ao encerrar das minhas histórias é provável que eu as transforme em originais, elas podendo ou não sair do ar quando chegar essa hora. Então, se divirtam e se vocês se sentirem a vontade, comentários me incentivará a escrever ainda mais.

Obrigada por ler!

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

WELCOME!

Hi, how are you?

You can call me Ana or Aurora, my pseudonym. I write Pernico/Nicercy and original fanfics. Here  I will put my ideas and stories, bringing whatever I can of interest to this little corner of creativity.

MY WRITING

> Spirit Fanfiction

> AO3

> Tapas

>Dreame (One of my complete stories. Take a look if you can^^)

>AO3

>SpiritFanfics

>Writing Tips in Portuguese

> Tumblr - My personal writing blog and writing tips.

MY LINKS

Everything I write will be under the link mywriting

Posts about writing tips in portuguese will be under the link aurora ajuda para escritores

All reblogged posts will have no tags.

Now that we got that out of the way, we can get started!

I've been writing since the early 2000s and have been in thousands of fandoms, but I've written for very few. The first one I wrote for was Naruto, then Supernatural for a good five years and back in the 2010s for Percy Jackson, a place I haven't left since.

The truth is that I write originals with the imagery that I have of Percy Jackson's characters, and since aspects of those stories are not completely original (only about 85%) I consider my stories fanfiction. For example, I always imagine Percy as almost six feet tall, brown hair and slightly bleached from the sun, tanned skin and green eyes, the personality tends more towards the rebellious and slightly dark side, depending on the plot. Nico, on the other hand, is someone who has a vulnerable and sweet exterior, but who inside is the strongest and most intelligent, especially in the mental part. I imagine him with straight, wavy black hair, black eyes, a thin, upturned nose and dark olive-colored skin, not quite a black skin. The plots, too, are varied. I've written about mafia, vampires, a/b/o and others I can't even remember anymore.

The point here is that I found in Percy and Nico my perfect models of characters to write about, I confess, I also modified them a lot during the years, their personalities and life stories, to fit whatever I need depending on the story I'm telling.

What I really mean is: I've created a version of them, with motivations and goals so different from the books that they're mostly pretty OCC and out of the original character, you know? Though I try to keep their essence alive. This allows me to create worlds and plots that I otherwise wouldn't feel inclined to write.

Imagine it this way, they are my favorite toys to play with, even if I have thousands of others just as good or even better; they are still my favorites and I am attached to them. In that way, don't expect me to go writing canon plots, they are quite rare for me. The reason for that? Well… I feel very limited and I don't want to deal with Will Solace.

Am I anti-solangêlo? You could say that. It's simple, I don't like characters who miraculously appear and became the love interest of a character, and just because they became popular. I, as a demisexual, do not accept the fact that there is no development in how a romance happens. Good examples of couples, Reyna and Percy since they have a good time getting to know each other in scenes, Percy and Rachel since they also spend time together and don't just start dating, Percy and Annabeth, and even Annabeth and Reyna I would accept since they've spend time together, even if it is in distrusting each other. That's all I have to say on the subject. So you won't see me writhing nice things about them.

About the writing tips blog, it's a project I've had for five years (in Portuguese). I'm someone who needs to learn something new from time to time, so I made a creative writing blog. Eventually, it became more like a job, so I decided to move it to a place that allows me to get paid for it. You're invited to join it too; soon we'll have interesting posts on how to improve our stories there.

Well, that's it. I'm a slow and sometimes methodical writer, I don't know how to deal with fandom very well, mostly because of the aggressiveness I used to see. I also don't know how to work with requests, you know? I need to follow my thoughts and not what people ask me, which doesn't stop me from trying to fit suggestions into my texts. I'm doing my best to get along more with all of you. So, suggestions are always welcome, but what gives me life is receiving feedback and comments. I also want to let you know that when I finish my stories, I'll probably turn them into originals, and they may or may not go off the air when that time comes. So have fun and if you feel like it, comments will encourage me to write even more.

Thanks for reading!


Tags
5 months ago
1.09 | 5.14
1.09 | 5.14
1.09 | 5.14
1.09 | 5.14
1.09 | 5.14

1.09 | 5.14

7 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIX

Oii, como vai? Mais um capítulo!

Eu já disse por aqui que o Percy não é uma pessoa tão boa assim? Pois é, o Nico também não. Mantenham isso em mente para os capítulos futuros.

Sem nenhuma revisão.

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV / CAPÍTULO XXV / CAPÍTULO XXVI / CAPÍTULO XXVII /CAPÍTULO XXVIII

— Depois. Eu prometo. — Percy disse, se afastando a lentos passos em direção a porta. — Não se divirta muito sem mim.

Nico não pretendia. Desde que tinha voltado da Itália raramente se divertia se Percy não estivesse por perto. Os amigos que ainda tinha por ali insistiam em dizer como Percy era o pior dos vilões e os que não diziam nada, se mantinham distantes, hesitantes e medrosos apenas com o pensamento do que Percy poderia fazer com eles.

Não era ridículo? Nico tão pouco estava interessado neles. Ele admitia sentia falta de seus amigos em Veneza, sua família, o sol escaldante, as construções centenárias e o ar limpo. Mas ele sentiria muito mais a falta de Percy, e se ficar longe de cidade natal fosse necessário, era o que faria.

A porta finalmente se fechou as suas costas, permitindo que ele voltasse a olhar para seu reflexo no espelho. Isso era outra coisa que admitia, gostava de ver aquela coleira em volta de seu pescoço; Nico podia se ver no futuro a usando sem pudor. Via ele e Percy numa grande casa no campo, o sol batendo em sua pele enquanto ele se ajoelhava, descansando a cabeça no colo de Percy, os dedos longos o acariciando como se ele fosse um animalzinho de colo. Ser um submisso não era o que ele tinha imaginado, a dor era passageira, mal se registrando em seu cérebro, e o prazer durava horas, dias se ele se permitisse. Era estranho, e as vezes, parecia errado se colocar nessas situações, deixar ser usado como Percy bem entendesse. Os olhares de pena era o que realmente o incomodava, como se a qualquer instante seus “amigos” se ofereceriam para ajudá-lo. Belos amigos esses que quando ele mais precisou, pouco ofereceram um mínimo de conforto.

Esse era o único motivo dele ter voltado, além dos ciúmes que o corroeu ao ver Annabeth e Percy tão juntos nas redes sociais. Nico não precisava passar por toda essa tortura mais uma vez, ver Annabeth pelos corredores ou as mesmas pessoas que tentaram abusar dele mais de seis anos atras. O que restava a Nico era respirar fundo e superar seu trauma, ou melhor, ignorá-los até que eles não tivessem importância. Porque, isso aqui, a coleira em volta de seu pescoço era a prova que no fim tudo valeria a pena. De alguma forma, o peso que alguns dias atras o sufocava, agora o mantinha preso na realidade; era uma promessa, um juramento que no fim tudo daria certo se ele aguentasse mais um pouco, só mais um pouco, e, então, ele poderia se libertar de tudo o que o puxava para baixo.

Bem, no fim, Percy tinha razão. Era melhor ele descansar um pouco, sair no estado em que estava apenas geraria mais preocupação e conselhos que ele não havia pedido. Se sentindo exausto, Nico ignorou o telefone que apitava, indicando que uma nova mensagem havia chegado, e se deixou cair na cama. Se arrastou até seu travesseiro, se cobriu com o edredom e fechou os olhos. Dez minutos bastariam. Talvez trinta.

***

Quando Percy voltou para casa foi direito para seu quarto, onde sabia que Nico estaria. Ele podia incentivar Nico a sair com os amigos, se divertir e ser independente, mas no fundo, gostava das coisas do jeito que elas eram; Nico sempre em casa, sempre esperando por ele feito um garoto bem-corportado deveria. E mesmo sabendo que Nico estaria na cama, ignorando mais uma vez os amigos, Percy subiu as escadas de dois em dois degraus e empurrou a porta lentamente. Como ele imaginava, lá estava seu bebê, coberto com o edredom até a cintura, dormindo pacificamente, feito um anjinho, o seu anjinho, sempre muito obediente.

Ao invés de entrar e trocar de roupa, Percy voltou a encostar a porta, deixando que Nico dormisse por mais alguns minutos. Desceu as escadas e entrou na cozinha, encontrando mãe por lá, a ajudando a guardar a cesta de legumes que haviam ganhado do fornecedor.

— Onde está Nico? Estou louca para testar aquele guisado.

— Ele está dormindo.

Esse era o momento em que Percy esperava que as reclamações chegassem, mas elas nunca chegaram.

Sally se virou para ele, andou em sua direção, e segurou em seus ombros, sorrindo docemente.

— Estou tão orgulhosa. Nico tem estado bem menos cansado e feliz. — Então, Sally endireitou a coluna e colocou as mãos na própria cintura. — Ainda não gosto de ver vocês fazendo essas coisas por trás das minhas costas, mas até funcionando.

— Por isso que você não pega mais no meu pé?

— Você está fazendo um bom trabalho. Continue fazendo isso, hm? Assim eu não vou precisar.

— Ei! Quem é seu filho aqui?

— Querido, eu te conheço. — Sally sorriu mais uma vez e deu as costas para ele, terminando de guardar os legumes, pegando outras coisas como começar o guisado.

Percy apenas sorri, dando de ombros. A verdade é que ele não estava fazendo nada demais. Era Nico quem ela deveria elogiar. De fato, Percy sentia que não estava fazendo nada de especial e que talvez eles fizessem bem um para o outro. Bem, Percy planejava fazer isso mesmo que Nico nunca mais quisesse ter sexo com ele. 

***

Quando Nico acorda o céu ainda está claro, o sol brilhando mais forte com o calor do meio-dia. Porém, o sentimento de desespero havia sumido e em seu lugar, o contentamento surgiu. Ele não abriu os olhos imediatamente, sentindo o calor aquecer seu rosto e dedos gentis percorrerem seu coro cabeludo, o fazendo suspirar.

Era Percy que o acordava. Nico reconheceria aquele perfume em qualquer lugar, a forma que Percy o tocava, a voz aveludada chamando por seu nome, o fazendo sentir ainda estar dormindo, sonhando com a casa de sua nona, onde ele e Percy estavam nas plantações de morangos, andando calmamente pelas longas fileiras de frutos, o sol batendo em seu rosto.

— Está se sentindo melhor?

Nico mal podia lembrar porque tinha estado tão triste. Então, apenas acenou. Saiu debaixo das cobertas e se engatinhou até alcançar Percy que estava sentado na cama. Sentou no colo de Percy e o envolveu com as pernas para logo em seguida abraça-lo pele pescoço, o beijando devagar, selando seus lábios juntos suavemente.

— Hmm... meu bebê quer brincar?

— Não sei.

— Você ainda está usando a coleira.

— Oh.

Era verdade, Nico não tinha percebido. No final das contas, ela nem era tão pesada assim. Embora não parecesse certo estar a usando nesse momento.

— Tira pra mim?

Ali estava, a decepção no rosto de Percy. Ele tentou esconder, é claro, por trás de um sorriso inocente. Como de costume, ignorar certas coisas até que o momento certo chegasse, sempre era o melhor a se fazer.

Sem pressa, Percy segurou em seu pescoço, e desafivelou o fecho, percorrendo os dedos por sua pele, parecendo se despedir do couro e dando boas-vindas a pele agora descoberta, colocando um beijinho entre a gargantilha que estava por debaixo da coleira e o vão entre sua clavícula.

— Tão lindo. Mal posso esperar para te ver num terno branco. Você vai usar a coleira pra mim? Vai colocar algo bonito por debaixo, hm?

Nico sentiu seu rosto esquentar imediatamente, sabendo que Percy o encarava bem de perto. Ele não tinha pensado sobre isso. Esse seria o momento onde eles verdadeiramente se tornariam submisso e dominador? Onde ele se ajoelharia aos pés de Percy e permaneceria dessa forma pelo resto de suas vidas? Nico sabia que tecnicamente nada mudaria, mas, então, por que parecia que eles estavam prestes a dar um grande passo na relação deles?

Ele teve que levantar a cabeça e encarar Percy como raramente fazia, vendo os olhos verdes brilhando com algo que Nico preferia não examinar profundamente, o sorriso ainda encaixado nos lábios bonitos, mostrando dentes brancos e perfeitos. O que fez Nico se perguntar, será que ele sabia no que estava se metendo?

— É isso o que vai acontecer quando a gente se casar? Eu pensei que era apenas uma fantasia.

— Pode ser o que a gente quiser.

Mas tudo o que Nico podia ouvir era “Vai ser o que eu quiser que seja”. E, estranhamente, esse pensamento não o assustou; não era como ele fosse se tornar um escravo sexual e ser jogado numa masmorra escura onde o sol nunca pudesse alcançá-lo.

— E se eu não quiser? — Nico enfim perguntou, tirando aquilo do peito.

Nico observou Percy continuar a olhar para ele, como se Percy não tivesse nenhuma dúvida no mundo, vendo um sorriso muito mais sincero aparecer.

— Então, a gente não faz.

— Certo.

— Mas... você não tem curiosidade para saber como seria?

— Não tenho certeza.

Nico desviou o olhar, fingindo pensar sobre o assunto. Era claro que ele tinha curiosidade. Quando ele pensava que Percy não podia o surpreender mais, uma nova avalanche de emoções o pegava desprevenido. Sentia que passaria o resto da vida sendo surpreendido, se afogando em um mar de prazer ao lado de Percy.

— Hm. — Foi tudo o que Percy disse antes de se levantar e levar a coleira com ele. Percy anda até o guarda roupa, leva a caixa preta junto e a guarda lá dentro, fechando o armário com um movimento final. — Parece que a brincadeira vai ter que ficar para outro momento.

De qualquer forma, assim era melhor. Desse jeito ninguém cairia na tentação de fazer algo além do que ambos estavam dispostos a enfrentar.

***

Percy se sentia estranhamente leve e despreocupado naquela manhã. Como era de costume, estavam todos sentados á mesa para tomar o café da manhã. Ele e Nico entraram na cozinha de mãos dadas e se sentaram em silêncio, um do lado do outro, se movendo e sincronia, ouvindo Grover e Tyson discutirem sobre algo sem importância, enquanto Sally tentava fazê-los se comportarem. O bom de viver no meio do caos era que seus pratos já estavam na mesa com um copo de suco e outro de café para cada um deles.

Ele admitia que não estava prestando atenção no que eles falavam, pois, agora, entendia porque Nico gostava tanto de ficar perdido no próprio mundinho. Não o entendam errado, Percy amava sua família, faria qualquer coisa por eles num estalar de dedos, mas, as vezes, tudo o que ele queria era um momento paz e silencio; mal podia esperar para se casar com Nico e ter um lugar só para eles.

— Per? Você não vai comer?

— Hoje não. — Respondeu sem prestar atenção, voltando a segurar na mão de Nico. Isso o fez olhar para seu bebê que o encarava com curiosidade, um sorriso discreto nos lábios, seus olhos brilhando com diversão. — Tudo bem.

Percy se espreguiçou, tomou um gole de seu café e pegou um croissant: — Satisfeito?

Ele não esperou pela resposta de Nico. Ajudou Nico a descer da cadeira, o puxou para fora da cozinha, e foi atras de suas bolças as encontrando onde Percy as havia deixado; na entrada da porta da frente, junto com a bolsa de sua mãe e as chaves dos carros. A viagem de carro até o colégio foi mais silenciosa e calma ainda, o fazendo sentir que hoje nada poderia perturbá-lo. O que mais Percy poderia querer naquele mundo além da companhia de Nico? Um beijo de bom dia? A mão de Nico sob a sua? A certeza de um futuro juntos? Percy já tinha tudo isso. Então, por mais que houvesse obstáculos, não havia motivo para preocupações.

Foi assim que Percy saiu do carro e abriu a porta para Nico, envolvendo sua cintura. Eles entraram no colégio e ignoraram os olhares, Percy se concentrando em Nico, vendo o rosto de seu bebê esquentar quanto mais ele olhava.

— O que deu em você hoje? — Nico enfim disse, permitindo a Percy ouvir sua voz pela primeira vez naquele dia. Uma voz baixa e rouca ainda do sono, acariciando seus sentidos.

Percy não diz nada, apenas leva sua mão ao rosto de Nico e fez um carinho ali, vendo os olhos de Nico se fecharem em prazer, vendo o sorriso de Nico voltar com tudo, quase o cegando, contente. Então, Nico inclina a cabeça em direção a Percy e seus lábios se encontram, mas é apenas isso, um selinho, um gesto de afeto. Os olhos de Nico voltam a se abrir e assim eles ficam, parados no meio do corredor, abraçados, como se somente eles existissem.

Percy sentia como se estivessem conversando através desses olhares e sorrisos. O melhor era que ele entendia cada palavra. 

— Você é um bobo. — Nico diz. Percy concorda.

Mas, então, eles ouvem o sinal tocar. Era hora de voltar a realidade. Percy e Nico são obrigados a voltar a andar, seguindo em direção a seus armários, na verdade, em direção ao armário de Percy por seu o maior entre ambos; Nico tinha deixado de usar o seu há anos atras, mesmo antes de ir para a Itália. A maioria de suas aulas eram as mesmas, então, eles dividiam os livros, os professores há tempo tinham desistido de separá-los. De fato, suas notas estavam tão boas que os professores não tinham motivos para separá-los; e Percy tinha certeza, nunca esteve tão pronto em sua vida. Era a influência de Nico, o fazendo estudar sem nem perceber. 

Infelizmente, chegando lá, sua bolha de contentamento foi quebrada.

— Ora, ora. Vejam quem temos aqui? O casal de ouro?

Percy bufou, prestes a dar meia volta e aparecer na aula sem seus livros, quando Nico segurou em seu braço. Com apenas um olha de Nico ele entendeu tudo. Certo. Eles iriam pegar seus livros e cadernos, e iria para aula, como o esperado. Percy tomou a frente. Andou o resto da distância até o armário quatorze, pegou o que tinha que pegar e o fechou, batendo a porta com força que o necessário.

— Hmm... parece que alguém está tenso. Eu conheço uma forma de te relaxar. Porque a gente não se encontra mais tarde?

Isso era demais para Percy. Ele levantou a cabeça e encarou aqueles olhos cinzas e frios, respirou fundo e abriu a boca quando sentiu mãos gentis segurarem em seu braço. Nico o encarava de bem perto, seus olhos negros furiosos o dizendo mais do que suas palavras poderiam. Annabeth não merecia nem mesmo seu nojo e desprezo. Ótimo, Percy faria o que Nico estava pedindo.

Percy não voltou a olhar para ela, decidindo por beijar o rosto de Nico, tentando acalmá-lo, e o abraçou pelos ombros o levando para longe. Logo Annabeth seria apenas a lembrança de uma garota invejosa e inconveniente.

Eles entraram em sua primeira aula do dia, colocaram seus cadernos e livros sob a mesa e se sentaram. Logo as provas começariam.

Ahhh finalmente estamos chegando no fim! Espero que vocês estejam gostando. Comentários são sempre bem-vindos. Até a próxima. Provavelmente ainda essa semana.


Tags
3 months ago

SITTER'S LOVE - Nico!Babysitter, Percy!Teacher-father - Chapter XXII and Chapter XXIII

Hi! New chapter for you. Hope you like it!

Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / / CHAPTER III, CHAPTER IV e CHAPTER V / Chapter VI e Chapter VII / Chapter VIII e Chapter IX / Chapter X, Chapter XI, Chapter XII e Chapter XIII / Chapter XIV / Chapter XV / Chapter XVI e Chapter XVII / Chapter XVIII and Chapter XIX / Chapter XX and Chapter XXI

Chapter XXII

"You really don't want me to take you home?”

Nico denied it and hugged Percy tightly. They were outside the condominium, Percy insisting on taking him home.

"The children can't stay alone, Annabeth just left and--”

“Nico, let me decide about that, will you?”

He looked at Percy suspiciously and took a step back. Normally Nico would trust the man's judgment, but he was beginning to see that Percy wasn't as responsible or perfect as he thought, especially when it came to something Percy wanted, and in this case, that was Nico himself.

"I don't like it when you do that to them. Alice and Logan may be grown up, but they still need their family's attention.”

"I liked it better when you said yes to everything. It was much easier." Percy gave a small smile, apologizing with his eyes and raised his hands, in surrender, and said: "Don't be like that, Roberta is still at home.”

Roberta was the housekeeper, the one who kept the house in order, helped prepare food and had control over the children's routine. And honestly? She was more efficient at raising the children than he could ever be. So this was Nico making the most of the rest of the time he had around.

"Come on, don't be mad at me. Let me take you home. It's already past nine o'clock.”

"No, I'm not going to make you drive across town.”

"I want to, so I can see where you're living.”

"I knew there was a reason behind it." Nico couldn't help but feel like a bratty little kid. He crossed his arms and glared at him.

"Nico, please. I feel responsible for what happened. I just want to make sure you're safe.”

That's when Percy touched Nico's shoulder and with his other hand, gently held his chin, making him look at Percy more closely.

Ahg, Nico groaned and shifted restlessly, refusing to look away. He hated when Percy did that; those stormy green eyes and worried frown always had the same effect on him. In the end, Nico just sighed, knowing he would never win.

Percy opened the car door for him, satisfaction oozing from every pore as Nico jumped into the gigantic jeep.

"Satisfied, now?”

"I'll be when you tell me the address.”

Why did Percy have to be so childish? Or was it just him? Did it matter? Nico gave in and relaxed against the passenger seat, feeling that little bit more anxious, a good kind of anxious; the kind that makes you act and gives you an unknown but welcome pleasure. Thinking about it, the butterflies in the middle of his stomach only fluttered more when Percy smiled at him, starting the car, one of his hands coming to rest on his knee, not helping him in the least.

The worst part was that the gesture sounded almost respectful, with a certain degree of affection. He had only seen that kind of thing with couples, likeHades and Maria. Nico remembered when they still lived in Italy, Maria used to smile a lot more andHades still acted like his father;Hades often sought some contact with Maria, so on car trips it was common forHades to smile at Maria and place one of his hands on her knee, just like Percy did now. Nico wanted to question him, he wanted to ask what that gesture meant, he wanted to know what it meant to them. But even if he had an answer, it wouldn't be the right one. Percy already had a family and a career, while he had barely started his. What would happen when Nico spent more time working than at home? What if he had to travel far away? Nico couldn't let that happen to them, such a common story, but one that could define their future completely. It’s like, if he was already attached to the point of thinking about these things, what would become of the future?

"…ico … Nico.”

"Hm?”

"Are you okay? Where was that little head of yours?”

"I… it’s nothing. I just…”

He shrugged and looked down at Percy's hand that was still on his knee, as if that was exactly where it belonged.

"I…" For some strange reason, Nico felt his throat tighten, the words he wanted to say so badly trapped in uncertainty. He might not be sure of the future, but he also didn’t want to lose these moments with Percy. Each one was special, memories Nico would treasure for when things got tough.

"It's nothing. Really. I'm just tired.”

"Do you need a break?”

Nico shook his head, he had barely come back. He kept looking forward and placed his hands on the one in his knee, trying not to think about anything, just fingering the knuckles and veins in the strong arm that was three times bigger than his.

"Turn right. I live in the city center, near those historic buildings.”

It didn't take long and soon they were in front of the apartment, forcing Nico to take his cell phone out of his pocket and call Jason, letting him know he had arrived. In less than five minutes Jason appeared, only in shorts and flip-flops, his blond hair sticking out in every direction and with a not-so-friendly expression.

"Where were you? Thalia and I were waiting for you until late.”

"It's not what it looks like.”

“What did you expect? Do you know what time it is?” Jason scowled at Nico until he looked at Percy, finally seeming to wake up from his stupor. “And why is Percy Jackson with you?”

"Do you know him?" Nico had to ask, confused.

"Who doesn't? He's known for a lot of things around here.”

"Among the businessmen and upper class." This time, it was Percy who answered, grimacing. "It's a pleasure to meet you. You're Zeus's son, right? My father speaks highly of you.”

“That’s news to me,” Jason said in greeting, shaking the hand Percy offered.

"Hey, I want to know what these things are!”

Were they, by any chance, ignoring him?

"I wish you wouldn't talk about it." Again, Percy referred to Jason, as if they were best friends.

"I can't promise anything. It wouldn't be fair for you to know everything about Nico while Nico knows nothing about you.”

“How do you know that?” Percy asked, lifting his head, mocking Jason in a friendly way.

"No Jackson would let himself be so vulnerable. And if there's one thing I know, it's that you're the kind of people who like to be in control of everything.”

Nico didn’t know why, but he found himself smiling, a slow kind of smile that slowly spread until there was nothing left in its path. Because, it was a fact, Percy seemed to be that kind of person. Controlling and domineering, but not in a negative way? It was very confusing. Or maybe, he was already too invested to see the real danger.

"You're overreacting," Percy said.

"No, he's not." Nico replied.

He couldn't help himself. He grabbed Percy's arm and kissed him on the cheek, holding himself close until Percy turned to him, giving him all the attention Nico could possibly want.

"Are you scared? Too late for that, don't you think?" Nico murmured to Percy.

"Nico! I was a different person. What teenager doesn't do stupid things?”

"Me. I never did!”

"Exactly. You're an exception. You would never do that.”

"That, what, exactly?" Nico smiled even wider and leaned towards him, Percy looking uncomfortable, but seeming to be equally amused.

"Mm-rh." Jason cleared his throat and Nico turned to see what it was.

Jason watched him with a raised eyebrow, judging him as only he could. Oh, Nico could already see it; no one would sleep today, as this would be the length of his questioning.

"I think we better go in, it's very late.”

"That's right, sorry for keeping you guys. Jason, why don't you stop by the company and talk to Max? I'm sure he can help you.”

"Is that a bribe?”

"Only if it's working.”

Jason wasn't usually so friendly with strangers, but all he did was smile and pull Nico inside.

"I'll think about your case.”

Just like that, the gate slammed shut and he turned to see Percy still smiling as he was led down the stairs and then up the elevator.

***

"Gods! What took you so long! I have to wake up early tomorrow." Thalia greeted them at the apartment door, even less pleased than Jason had been.

"You won't believe it. Guess who came to bring Nico home?”

"The president?”

"Even better. Percy Jackson. Co-CEO, financial analyst, and one of the most handsome men and heir to one of the largest fortunes in the country.”

"I know who Percy Jackson is, Jason! Don't be ridiculous.”

"You know, but the question is: does Nico knows it?”

The two turned to Nico and he blushed. Okay, he admitted it. Nico wasn’t into these kind of things…

"Well, I… of course--”

"Nico! I'm so proud of you. You've grown so much!" Thalia ran up to Nico and pulled his cheeks until they looked like they were going to fall off.

"It’s not like that…”

"You have to tell me everything." Jason said, completing his torture. In the end, the two brothers dragged him to the couch and each of them sat next to him. All that was missing was the popcorn.

"It's nothing. It was supposed to be a temporary job through the agency. And he's not all that, just a father taking care of his children.”

"You liar! I saw how he looked at you and I've never seen you act like that with anyone!”

"Oh. My. God! I love weddings. When is it due?" Thalia said again.

"Can you guys stop?" Nico cringed at their stares and snorted. "I swear. I take care of his children and that's it.”

"I'll pretend to believe you." Thalia held his hand, pretending to be understanding. "But tell me, is he everything everyone says he is?”

"What… does everyone say?" He was even afraid to know.

"You know… hot in bed? Is he as dominant as everyone says? Bossy? Generous… monetarily?

"I…" He felt horrible thinking about these things, let alone talking about them, especially when Percy wasn’t there to defend himself. But they were his friends, weren’t they? Maybe if he talked to someone, things would become clearer.

"So?" Jason insisted, as curious as Thalia.

"He's… he's a very reserved person. At least in the beginning. Disciplined. Loyal.”

"And…?”

"And… we never… never got there, but… there are times when…" Nico put his feet up on the couch and buried his face between his legs. "…there are times when he hugs me in a way that… that makes me… oh! I don’t want to talk about it. I have a boyfriend! And he… he’s so…”

"Older?" Thalia finished for him.

"No! I mean, yes! He drives me crazy, in every possible way, and I love kids, they're so sweet. I feel like I'm going to explode!”

"That can't be true. How long have you known them? Two, three weeks?”

"That's enough for me! From the start I knew things would go wrong. How could it not be? After a month of dating, I knew I would never marry Will, so why can't it be true with Percy? And like, why? I feel this attraction, this magnetic thing that forces me to be around him and--”

"Shhh, it's okay. You don't have to decide anything right now. It's okay." Thalia said, trying to comfort him. "And Will? Have you talked to him? I know he's an idiot, but even he doesn't deserve to be betrayed.”

"That's the point!" Nico practically shouted. "We didn't even kiss, nothing at all! How can this be happening to me? Me, the most boring and proper person in the world? I've never even run over a red light!”

"Oh." Both brothers muttered, surprised.

"From what I saw, it seemed much more, intimate, you know?" Jason said quietly into the silence of the room.

"I don't understand. I've just started living without my parents. It's too early! I can't… I can't let anyone hold me back again!”

"Nico, you have to calm down. Come on, I'll get you a glass of water."

"No! I don't want water!" Nico got up from the couch and started pacing around the room, no longer anxious, now irritated. "It's so unfair! Because... because I want it, I feel that this time... this time it's the right person…”

When he realized this, Nico stopped walking around the room and looked at the brothers who were looking at him in surprise. He didn't even know what he was saying anymore. He sat on the floor, right there in the middle of the room, and took a deep breath. Yes, he felt lighter, but on the other hand, he felt even more conflicted. 

In theory, Nico knew what he should do, but his desire was different; it was that little voice that always got him into trouble. It screamed louder than his rationality, telling him that "what if this time it wouldn't be so bad to let himself live, just a little bit?"

In the end, it didn't matter how much they wanted to help him. This was a decision he needed to make on his own.

Chapter XXIII

Nico opened his eyes and for a moment he didn't know where he was. The alarm clock was ringing, it was six o'clock in the morning. He looked around and found it strange, peering through the crack in the window where the weak morning light was coming in. There was no view of trees and the countryside he loved so much, no, all he could see were the tall buildings and the noise of cars passing by on the avenue outside. He turned off that annoying noise, rubbed his eyes and only then could he remember.

It was true, Nico told himself. He wasn’t home. It had been a few weeks since he had packed his bags and snuck out without anyone seeing him, in the dead of night. He still hadn’t gotten used to it. It was the silence of voices and, at the same time, the endless noise of cars, the cozy nights and the support of friends, the understanding he hadn’t known he deserved before this. It was liberating to decide what he was going to do without having to look around for fear of disappointing someone. So, all that was left for Nico to do was get out of bed and face another day; he took a shower, brushed his teeth and put on the first clothes he found, barely looking where he was going, letting his feet carry him.

He stopped for a moment in front of the table and walked into the kitchen, staring at the glass in his hands, the water inside it moving as he stirred it slowly. Nico felt strangely empty; not sad, not angry and not happy at all. It was an absence of emotions that only made him feel relieved.

It must have been the new medication, or maybe it had been the explosion last night. Nico felt calm, calmer than he had ever felt before. He couldn’t be thankful enough for having Thalia and Jason in his life. They had stayed with him a little longer last night, had sat beside him on the living room floor, holding him tightly until his breathing had returned to normal and he had calmed down, though he had spent a long time staring at his hands.

He didn't know what was so important that made him look at them so much or why Jason and Thalia hadn't gone to their own rooms. Nico remembered asking them, feeling light and comfortable, even though he was sitting on that hard, cold wooden floor. The brothers looked at each other and out of the corner of his eye, Nico saw Thalia shrugging. They didn't answer him, they just got up, taking him with them and walked with him to his room, making him sit on the bed and lie down soon after, Jason covering him from chin to feet with the duvet. He had then sighed and closed his eyes, with them still looking at him and observing him with concern.

That was how Nico fell asleep, with their presence and the sound of the door closing as he finally lost consciousness. But now… now--

"Nico, how do you feel?”

Ah, it was Jason. His friend usually went out later than Nico. At that time, Jason would still be asleep, taking advantage of every extra second of sleep he could get. But not today. Today Jason was already up, wearing the same pants as the night before and a rock band t-shirt. He was offering Nico an extra large mug of black, unsweetened coffee, just the way he liked it first thing in the morning.

"Hm?" He asked, accepting the steaming mug. Nico placed the glass of water on the counter and inhaled the aroma of the freshly ground and filtered coffee, taking a big sip and not even realizing when he had burned his tongue.

"Did you sleep well?" Jason repeated.

Nico just smiled, almost feeling himself wake up, warmed by his concern. This was Jason, a full-time psychiatrist, but still in training. If he knew him well, he would have thought Jason would be a great professional. Jason cared more than he should have.

"Yes, thank you. And yes, I'm fine. I've already taken my medicine. And no, I don't feel any symptoms of a panic attack or shortness of breath." Nico said and took another sip of coffee, this time being careful not to burn his tongue. As for Jason, he grimaced and stopped in front of Nico, crossing his arms.

"I worry. I don't want to--”

"Jason, you know I love you. But you don't have to worry." Nico smiled at Jason again and drank the rest of his coffee, watching him blush. It had been a short while since they had reconnected, but he didn't remember Jason being so charming and handsome, a little clumsy, too. He thought he was spending too much time with Percy, but that kind of approach had its advantages. Jason stuttered and blushed more, raising his hands and pointing at Nico, his words trailing off and going nowhere.

"Really. I guess I needed to get it off my chest, you know? It's okay.”

"Nico, the way you acted before… so aggressive… it didn’t seem normal.”

"You know what? I think it was great! I've never felt so free, like nothing could stop me.”

"I know that, I know how difficult it is for you to express yourself. I want you to know that whenever you want, you can talk to me.”

"Jason, you're my best friend. I'm living in your house! Of course I know that. There are things I need to do on my own.”

“I understand that.” Jason repeated, coming around the table and looking at him closely, his bright blue eyes looking at him seriously. “It’s just… you look so small, so vulnerable that you feel like you’ll break with the slightest blow.”

"Jason--”

“I know you're not helpless, you showed that yesterday. You show me that every day that passes by. I want you to know that we're here, Thalia and I, we're here if you need us. How long are you going to carry the weight of the world on your shoulders alone?”

Nico snorted and pushed him lightly by the shoulders.

"Don't be so dramatic. I asked for help, didn't I? So why all the drama?”

"It’s Percy… I’ve never seen you react like this because of someone. With so much… passion.”

"Passion? So you think I'm in love? That I'm going to do crazy things?" He rolled his eyes and turned his back on Jason, going after his backpack. "I already left the house. What else could I do?”

"Something that will get you and Percy into trouble.”

Ah, and they say he's the innocent one, right? It was too late to think about that and it was Jason who didn't see reality.

Nico nodded at Jason, watching his friend’s disgruntled grimace, and picked up his bag. It was best if Jason didn’t know about this. The fewer people who noticed, the better.

***

"Bia, I'm fine. We'll see each other soon.”

"Nico Di Ângelo! Hazel had to go after you to find out what happened with you! What would it take for you to show up? Someone having an accident?" Bianca practically screamed on the other end of the line. "You even changed your cell phone number!”

"Okay, okay! I admit it, I needed some time, okay? I promise I'll visit.”

"You promise?”

“I Do.”

“When?”

"Errr… soon?”

"Nico!”

"I think… on the weekend? We can meet somewhere.”

"Oh." She told him, and on the other end of the line, he could hear her voice fading. "I thought… right. Will you ring me up? Papa is calling me.”

"I'll call you.”

"Remember, you promised.”

The line went dead and he looked at his cell phone, bringing a smile to his face. He confessed, he was being childish, the most selfish of all, petty, even. Seeing Hazel and now Bianca looking for him was all he needed; it was everything he never thought they would do. Nico could hardly believe that he mattered to the point that they would stop what they were doing to talk to him. The only thing missing wasHades showing up at his door.

Feeling his chest warm, Nico took the magnetic card out of his bag and when he was about to unlock the lock, someone grabbed his arm, pulling him under a nearby tree.

"Nico." Someone whispered, finally allowing him to see who this rude person was who had pulled him so hard.

"Not again!" He grumbled in anguish. Of course it was Will showing up uninvited, even taller and more muscular than before, his bright eyes making Nico’s stomach churn with revulsion. Maybe it was anger or anxiety, or maybe it was all of those things mixed together.

"I missed you, shorty." Nico felt hands wrap around him, making him take a step back, avoiding his embrace.

"Will, I was very clear with you.”

"Avoiding me and running away? I don't think so.”

"Will Solace!”

"What?" Will looked at him, finally seeming to pay attention.

"There is nothing between us anymore!”

"What is this? Are you going to throw away all those years because of sex? Because of a fantasy? I don't care. Now that you've had your fun, we can get down to business.”

"Will, I--”

"Look, I know how it is. Every man has the need to try new things, I don't blame you. But what do we have? It's forever.”

Nico was shocked, open-mouthed, astonished, dumbfounded. Will was confessing that he had cheated on him, right to his face?

"Will, I'm going to say it one more time: We're breaking up. We're already broken up. This between us is no longer possible. Do you understand?”

"Oh, come on! Is that what you're mad about? Because of a fuck? They're not important.”

"They? They? Do you realize what you're saying?" Nico paused for a moment and took a deep breath. "Will, you cheated on me. Do you understand? Look, I'm very tired. I hope to never see you again.”

He turned to leave, but again Will grabbed him by the arm, this time pinning him against a tree.

"Is this how you repay me for all these years? Everything I've done for you and your family?”

"I didn't ask you to do it." He replied. But Will was right, Nico didn't say or do anything to deny all the money the Solace family invested inHades's business, even so... he refused... he refused to feel bad about it! He was a child who would do whatever his father told him to do.

"You b--”

It was Will's turn to take a deep breath and calm down. When he spoke again, Will had a smile plastered on his face.

"Look, I know you're confused. There have been so many changes, right? I can wait, give you the time you need.”

"Will, I know about you and Lou. I know you were together before you even met me. How can you do this to me? To him? Don't you care at all?”

"He's just my friend, shorty. You're the only one for me.”

"You-- you're hopeless! If I go to your house now, will he be in your bed? Still sleeping? Or maybe on the couch, the place you both like so much, hm?”

"Did you… did you see?”

"Of course I saw it! I would have to be blind not to see it! Now, if you'll excuse me…”

"Nico, please. I love you. I promise that--”

"I've given you every chance and you keep doing the same things!”

"If you knew, why only now… oh! Is it because of that Percy? Do you think you have more options now? That he’ll stay with you? Someone useless who’s good for anything?" It was then that Will’s smile came back in full force, dimples and white teeth, making Nico's stomach churn even more. "Don’t be ridiculous. Someone like him would never stay with you. I bet he fucks you the way you never let me, doesn’t he? Does he satisfy you? Does he tell you what you want to hear? Have you no shame? A man his age playing house with you?”

Will shook his head and stepped closer.

"It would be horrible if the police got involved. What would happen if people found out that the famous Percy Jackson fucks underage boys?”

"You… you have no way of proving it.”

"That's true, but imagine people's reactions when they found out about the accusations?”

"I… I need some time to think.”

"Oh, of course you do, dear. As long as you want. While you're thinking, how about we go to the movies? This Friday?”

"I leave work late.”

"I know you can make an effort. I'll pick you up here at seven, okay?”

Will smiled once more at Nico and bent down until he was at his height, getting closer and closer and he… he couldn't do it; he turned his face just as Will's lips would touch his, kissing his face.

"It's okay, shorty. I can wait.”

Will touched Nico's hair, stroking it lovingly and stepped back, allowing him to see something that made his stomach turn even more. Percy was there, watching everything, much closer than Nico felt comfortable.

Thanks for reading!


Tags
1 year ago

Não há lugar como o lar - Percy/Nico AU Colegial, Parte II

Oi, como vai? Mais pedacinho da história. Conforme eu for escrevendo, vou colocando aqui. Todo feedback ou comentário é bem-vindo. E claro se você ver algo estranho me avise, às vezes eu acho que escrevi algumas coisas só que na hora a informação falta.

Boa leitura^^

Era estranho estar ali depois de tanto tempo. As paredes cor creme ainda eram as mesmas, ali estavam os mesmo bancos azuis e as mesmas mesas pretas, os mesmos corredores largos e a mesma cantina, pintada da mesma cor pastel. Ele até conseguia reconhecer alguns rostos familiares no meio de outros mais jovens. Era um dejavú, só que agora ele via as coisas do alto, numa perspectiva distante, quase deslocada, onde antes seus dias eram permeados por ansiedade e incerteza agora tudo parecia mais fácil e indolor, ainda que um pouco doloroso, mas sem importância e talvez até confortável. Talvez fosse pelo fato de Percy ainda estar segurando em sua mão, conversando com a mesma secretária de dois anos atrás, uma senhora de cinquenta anos, sempre sorridente e solícita.

No fim, não demorou muito para ele conseguir seus papéis de admissão que precisaria mostrar para seus professores.

— E então, língua portuguesa? Aula dupla? Eu também tenho. Deixa eu ver seu horário.

Nico deu de ombros e tirou de dentro da bolsa sua grade horária de aulas. Ele observou Percy pegar o papel de suas mãos, franzir a testa em concentração e entregar de volta o papel para ele: — Temos a maioria das aulas juntos. Você está nos clubes de artes e de música? Eu estou no de música também.

— Pareceu ser os mais fáceis.

— Eu aposto.

— Cala a boca. — Nico empurrou Percy pelos ombros e andou para fora da secretaria. Poucas pessoas sabiam que ele tinha facilidade para coisas criativas e talvez ele tenha tocado algo para Percy durante os anos. Bem, isso não era da conta de outras pessoas.

— Nico, as salas mudaram! Estamos usando os auditórios.

— Tá bom. — Nico revirou os olhos e dessa vez nem se surpreendeu quando Percy o alcançou e tocou em seu ombro, suas mãos grandes deslizando por suas costas até chegar em sua cintura, o guiando suavemente na direção correta. Na verdade, ele não se lembrava dessa escola ter um auditório, então, se deixou ser guiado por Percy, uma presença confortável e calorosa a seu lado.

***

Quando eles chegaram no auditório a aula já tinha começado. A professora Johnson não era do tipo que se importava com atrasos se a aula não fosse atrapalhada, pois isso Percy ficou parado na entrada principal da sala, longe do olhar da professora, preferindo ver Nico descer até o palanque onde a professora estava e entregar o papel para ela assinar. O que Percy podia dizer? Nico era uma visão bem mais interessante naquele momento, longas pernas encobertas por um jeans justo, bunda empinada, cintura fina, ombros largos, profundos olhos negros e uma boquinha que parecia estar sempre mordida e avermelhada, pele negra e bronzeada, parecendo ser tão macia que ele não resistiu a vontade de tocar nele assim que pôde, só para testar a teoria. Ele admitia, estava indo rápido demais, porém dois anos era tempo suficiente para saber se você gosta de alguém, não? Sem contar os sete anos antes disso. Talvez ele devesse ter ido para a Itália com Nico quando Hades ofereceu, sempre generoso mesmo que ausente na maioria das vezes.

Ele foi tirado de seus devaneios quando Nico terminou de falar com a professora e veio em sua direção, despreocupado e lento, como se tivesse todo o tempo do mundo, desfilando com suas roupas punk e atitude despretensiosa. Porque evitar algo que ele sabia que aconteceria cedo ou tarde? Se Percy pudesse, ele beijaria Nico ali e agora, para acabar com aquela tortura que se estendia por tantos anos. Mas ele podia se controlar, se tinha esperado por mais dois anos, podia esperar mais alguns dias.

— Tudo certo?

Nico apenas acenou e pegou em sua mão, o levando em direção ao meio do auditório onde eles podiam ter uma boa visão da professora e do que ela estava falando. Percy nem teve tempo de apreciar Nico tomando a iniciativa e tocando nele por vontade própria, embora sentisse que deveria se preocupar mais com a reação das pessoas ao redor deles, os olhares nada discretos e murmúrios feito zumbidos a seu ouvido, ele não costumava exatamente namorar garotos em público, principalmente porque Annabeth sempre estava por perto para fazer com que todos pensarem que ele estava com ela. Era o que era, ele só esperava não ter que socar alguns rostos. Porque ele faria, e com muito prazer.

— Per? — Ele escutou alguém o chamar e só tinha uma pessoa que ainda o chamava assim. — Em que capítulo a gente está?

— Sete.

— Obrigado. — Nico murmurou mais baixo do que antes e se pôs a ler, completamente concentrado no livro e no que a professora dizia. Restou a Percy se perguntar como alguém podia ser tão bonitinho? Tão adorável? Observando um pequeno vinco aparecer entre as sobrancelhas de Nico, em seus lábios formarem um biquinho frustrado até que ele pareceu encontrar o que procurava no livro, relaxando contra o acento e se colocando a fazer a anotações rápidas conforme a professora discutia o assunto.

Então, um barulho veio da fileira de cadeiras acima da sua, alguém o tocando no ombro. Ele se virou e lá estava Grover, seu mais antigo amigo de infância.

— Quem é o garoto novo?

— Nico.

— Aquele garoto quieto e triste que Sally tinha praticamente adotado? O seu garoto italiano? Agora eu entendo a obsessão.

— Cala a boca! — Percy sussurrou furiosamente. Ele não era tão obcecado assim… era? Percy olhou para o lado, só para ter certeza que Nico não tinha escutado, vendo que o garoto continuava concentrado na aula e voltou a se virar para Grover: — Depois a gente conversa.

— Como você quiser, Don Juan.

— Tanto faz.

Percy se virou para a frente, se inclinou sobre Nico, vendo onde eles estavam no livro e ignorou todo o resto. Quando Nico empurrou o livro em direção a ele para que os dois pudessem ler, Percy não hesitou. Colocou o braço ao redor do ombro de Nico, juntou suas cabeças e começou a ler. Quem sabe se ele pudesse se concentrar, a vozinha no fundo de sua mente pararia de lembrá-lo de que isso daria em mais confusão do que ele estava disposto a lidar.

Não há lugar como o lar - Percy/Nico AU Colegial

Oii, como vai? Eu estava tentando continuar minha história atual, A Refulgente, mas sabe quando não está rolando? Aí comecei outra que deve ter no máximo umas 50 mil palavras (embora eu não saiba como escrever nada curto ou não tenha o controle mental para isso), outra Percy/Nico é claro. E como está fluindo bem, decidi dividir o começo dela por aqui antes de colocar em outros lugares. Na verdade, aqui é o único lugar onde ela vai estar até eu completá-la, se é que isso vai acontecer. Então, vamos ver como as coisas vão.

Para manter as coisas organizadas, vou reblogar o último capítulo conforme eu for atualizando o blog, assim fica mais fácil de acompanhar.

Ainda não tenho um sumário pronto, e em linhas gerais segue assim: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro e bem rápido! Nessa história vou tentar ser mais direta. Será que eu consigo? Boa leitura!

PS: Se vocês virem algum erro sobre quanto tempo Nico estive na Itália é porque mudei de cinco anos para dois. Texto sem muita revisão, mesmo assim, espero que vocês gostem.

Parte I

— Olha quem voltou! O garoto italiano. — Nico apenas teve tempo de se virar antes de ser prensado contra ombros largos e braços fortes que o abraçaram com tanta força que o levantaram no ar, o deixando sem ar e fazendo com que seus livros e bolsa caíssem ao chão, a porta de seu armário sendo fechada com um estrondo barulhento.

— Perseu Jackson!

— Só a minha mãe me chama assim.

Mas Percy estava rindo, o girando no ar enquanto as pessoas ao redor olhavam para eles. Também, não era para menos. Eles estavam bem no meio do corredor onde havia vários armários, dando para a entrada das classes de aula. Nico não resistiu, ele envolveu os braços ao redor do pescoço de Percy e o abraçou tão forte quanto Percy tinha feito, enterrando o rosto contra o pescoço de Percy.

— Eu senti sua falta. 

— Eu também senti a sua. — Nico murmurou de volta e se afastou, finalmente conseguindo ver o rosto de Percy. 

Olhos tão verdes quanto ele se lembrava, nariz reto e empinado, lábios finos e largos sempre em um sorriso bonito. O que tinha mudado era a altura, quase dois metros, e músculos. Onde ele se lembrava de um garoto tímido e um pouco triste tinha se transformado nesse… nesse homem feliz e cheio de vida. Confiantes. Embora ele ainda pudesse ver a bondade e a amizade que eles costumavam ter, mas essa coisa entre eles… esses abraços todos eram algo novo. Ele não podia evitar a comparação com o passado, onde ele era jovem demais e Percy era… Percy era Percy, abrindo a porta de sua casa para um garotinho triste e solitário.

— Dois  anos, hein? Eu pensei que você nunca ia voltar.

— Hm.

— Me deixe te ver melhor. — E o que ele nunca esperaria do garoto mais hétero e tímido que ele já tinha conhecido aconteceu, Percy levou uma de suas mãos a seu rosto e penteou seus cabelos para trás, expondo sua face por completo. E ele? Bem, Nico apenas encarou Percy de volta, tão focado no garoto quanto Percy se focava nele. Todas as ligações e vídeo-chamadas não se comparavam ao que a realidade lhe mostrava, o fazendo se questionar o que tinha acontecido nesse tempo todo para fazer Percy agir assim, tão… tão afetuoso, tão atencioso. Ele ainda namorava Annabeth, não? Ainda era o capitão do time de basquete? Esse devia ser o caso, pois Percy vestia a jaqueta do time.

— Hm… Percy? Me põe no chão, sim? — Nico fez o seu melhor para ficar sério.

— Por quê?

— Você não tem uma namorada?

— Eu tenho?

Então, Percy sorriu ainda mais e enfim o colocou no chão para em seguida afrouxar o agarre em seu rosto e em sua cintura, sem se afastar, porém se inclinando um pouco sobre ele, como se tivesse algo em seu rosto que ele precisava ver mais de perto.

— Como você tem estado? Por que você não me disse que chegava essa semana?

— Por quê? Você ia me buscar no aeroporto?

— É claro, meus amigos merecem o melhor.

— E o que seria esse melhor?

— Eu, é claro.

Nico jurava que estava tentando ficar sério. Pelo jeito que as coisas iam, Percy queria algo a mais e no momento ele não estava interessado. Mas não adiantou, Nico se segurou nos ombros de Percy e gargalhou; ele achava que essa era uma das piores cantadas que ele já tinha ouvido.

— Ei, não ri da minha cara. Eu sou um cara legal.

— E muito humilde, também. 

— Muito. — Percy disse e enfim o soltou, se encostando a seu lado em frente aos armários e Nico suspirou em alívio, pegando suas coisas do chão e as guardando no armário. Às vezes Percy era um pouco demais para ele; era o que Nico tinha descoberto durante os anos nas milhares de conversas que eles tiveram nesse tempo todo. Ele não sabia quando Percy tinha mudado do garoto introvertido para essa pessoa esfuziante, mas ele gostava. E odiava ao mesmo tempo, fazendo seu estômago se revirar de nervosismo.

— Agora, de verdade, como as coisas têm estado?

— Você sabe, sempre iguais. — Nico deu de ombros e fechou o armário, tirando os livros que usaria naquele dia, os guardando na bolsa. — Bianca veio comigo.

— Faculdade? — Percy perguntou. — E você?

Nico deu de ombros mais uma vez e se encostou ao lado de Percy, voltando a encará-lo de perto, o olhando sobre os cílios, tentando não demonstrar como realmente se sentia. Achava que nunca se conformaria com a beleza do amigo, agora duplicada conforme os traços suaves da adolescência davam lugar a músculos definidos e um rosto angular e forte, o sorriso de canto, o olhar intenso, a atitude confiante… e… bem, tudo isso e muito mais.

— O que tem isso?

— O que te traz de volta?

— Eu senti falta de casa. — Nico acenou para si mesmo. — Por um tempo pensei que fosse em Verona, mas… eu sempre ficava me perguntando o que estava acontecendo por aqui.

— Então, você decidiu voltar? Simples assim?

— Por que não? Eu vou fazer dezoito em alguns meses. Queria aproveitar esse último ano e rever o pessoal.

Bem… ele queria rever algumas poucas pessoas e uma delas estava bem em sua frente, olhando para ele como se quisesse… como se quiser ver o que tinha dentro de sua mente. E como costumava acontecer, ele foi o primeiro a perder nesse joguinho para ver quem desviava o olhar primeiro.

— Então… você sentiu saudade e veio para ficar ou… 

— Vim para ficar. Hades vai vir depois.

— Fico feliz. — Percy disse, ainda sorrindo, algo mais sincero e bonito, como se tivesse se cansado de flertar. — Quem sabe a gente pode se ver mais tarde. Comer alguma coisa?

— Mais tarde quando?

— Hoje. Depois da prática de basquete. Quer me ver jogar?

— Oh, não! Era isso o que eu temia! O clichê colegial! — Mas ele ria e Percy ria junto, o fazendo lembrar dos velhos tempos.

— Sabe, você não pode falar de mim. Você era todo bonitinho e tímido e voltou parecendo sair de um filme dos anos oitenta. Jaqueta de couro, calça rasgada e isso… é delineador? — Percy se aproximou mais uma vez dele e segurou suavemente em seu queixo, apenas mais uma desculpa para tocá-lo, disso Nico tinha certeza; não que estivesse reclamando. Percy podia fazer isso e muito mais. — Você é o perfeito garoto bonzinho que ficou rebelde.

— Eu ainda sou um bom garoto.

Isso fez Percy parar por um momento, ainda com as mãos sobre o rosto de Nico, e o encarar longamente apenas para um sorriso de canto aparecer junto a covinhas.

— É mesmo? O quanto você é um bom garoto?

— Acho que você nunca vai descobrir.

Mais um silêncio e mais um olhar que no passado o faria correr em busca de abrigo mais rápido que um foguete. Entretanto, esse Nico tinha ficado para trás junto com sua inocência.

— Hm. — Foi tudo o que Percy disse durante alguns momentos, e Nico jurava que ele estava se aproximando em direção a seu rosto quando o sinal tocou, os interrompendo.

— Certo. — Nico pigarreou, endireitando a coluna e olhando ao redor. — Acho que eu tenho que ir.

— Qual seu primeiro horário?

— Língua portuguesa. Preciso passar na secretaria primeiro.

— Eu vou com você.

Nico nem tentou negar, ele tinha sentido tanta falta de Percy que estender um pouco mais as coisas não faria mal. Ele se desencostou do armário e, de novo, aconteceu algo que ele não esperava. Percy pegou a mochila de seu ombro, a carregando para ele e com a outra mão, entrelaçou os dedos com os seus, o puxando suavemente pelo corredor quase vazio em direção à administração do colégio.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Então, aceitável? Percebi que meus diálogos não são os melhores. Sua opinião ou feedback educado é sempre bem vindo^^

Obrigada por ler!


Tags
1 month ago

Fanfiction writers be like:

"here's the immensely time consuming 100K word novel-length passion project I'm working on between my real life job and family! It eats up hundreds of hours of my one and only life, causes me emotional harm, and I gain basically nothing from it! Also I put it on the internet for free so anyone can read if they want. Hope you love it!" :)

2 years ago
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s

I sit with my grief. I mother it. I hold its small, hot hand. I don’t say, shhh. I don’t say, it’s okay. I wait until it is done having feelings. Then we stand and we go wash the dishes.

– Callista Buchen, from Taking Care


Tags
art
1 year ago

I think some people (myself included) think that 100k is short because we are used to reading fic of more than 250k but you are right. I know that 100k is a lot of work and effort but that does not mean that because of our very twisted way of seeing things, we do not value every word that writers share with us (or at least that is my case)

hmm i’ve seen people say “i won’t read a fic if it’s less than 300k because it’s not worth my time,” and i’ve seen people demand more more more more despite a writer giving them a 80-100k story (a literal book). so i get that reading fic of more than 250k might skew perception, but even 20k, 40, 80k — that’s a lot of work. time. effort. thought. care. not all writers have the time or energy to write 800k epics. it doesn’t make their work any less worth praise and love, which is what i’d really like this fandom to wrap its head around.


Tags
1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XV

Oii, como vai? Consegui escrever mais um capítulo. Mas devo admitir que o calor está fritando meu cerebro. O importante é que saiu algo, agora se é bom vocês que me digam. Não é meu melhor texto, mas eu tentei. Boa leitura! E claro, as cenas smutt vão permanecer como decidido por votação, entretanto vou avisar sempre que tiver capítulos assim.

Avisos: +18

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV

Nico não sabia o que estava acontecendo com ele. Quer dizer, ele sabia, sim. A questão era o porquê.

— Bebê. — Percy murmurou em seu ouvido, fincando os dedos em seus cabelos por um breve momento que quase o fez gozar. Mas logo as mãos de Percy viajaram para seus ombros, descendo até segurar em sua cintura, parando ambos seus movimentos. — Eles vão ouvir.

Ele fechou a boca e tentou sufocar o próximo gemido, mas não conseguiu se parar, rebolando no colo de Percy e se curvando todo, e era isso o que ele não entendia. Nico nunca tinha transado com ninguém dessa forma e de repente, era tudo o que ele conseguia pensar. Como isso podia estar acontecendo com ele? O pior era que Percy estava sendo um perfeito cavalheiro. Ou foi o caso até Nico acordar na manhã seguinte. Ele tinha ido no banheiro e quando tinha voltado, Percy ainda estava ali, todo esticado na cama, sem nada o cobrindo… quando foi que Percy tinha ficado tão alto ou arranjado aqueles músculos? E aqueles braços? Nico não conseguiu evitar, voltou para a cama e… bem, Nico gostaria de dizer que apenas tinha o observado dormir.

Mesmo se sentindo sensível da noite anterior e com dor de cabeça da ressaca, ele engatinhou pela cama e se sentou na cintura de Percy, tentando ser cuidadoso. Isso era tão errado, a conversa sobre consentimento voltando com tudo. Mas, talvez se ele o acordasse de uma forma interessante, Percy não ficaria bravo com ele. Então Nico fez o que queria ter feito há muito tempo, colocou as mãos sobre o abdômen de Percy e as escorregou para cima, dedilhando os gominhos e voltando para baixo, sentindo os pelos se arrepiarem contra seus dedos. O que ele teria que fazer para Percy acordar? Talvez se ele… Nico se curvou sobre Percy e chegou ao rosto bronzeado de sol e quadrado, sentindo a barba que começava a crescer, vendo o sorriso nos largos lábios de Percy.

— Per? — E quando mesmo assim, Percy se negou a abrir os olhos, Nico continuou com sua exploração. Massageou o peito largo e roçou com a ponta dos dedos os mamilos eriçados.

Parece que ele teria que fazer tudo sozinho no fim, o que estava tudo bem, isso apenas lhe dava coragem para continuar. 

Como quem não quer nada, Nico deslizou sua bunda para baixo e encontrou um volume que não estava lá cinco minutos atrás. Será que ele devia? Nico sabia que iria doer um pouco, mas ele não queria procurar o lubrificante. Não poderia doer tanto assim, certo? Testando as águas, Nico se sentou mais uma vez no colo de Percy, levou a mão para trás dele e encontrou o membro de Percy completamente ereto. Talvez ele fosse um masoquista, era a única explicação para o gemido que soltou quando se forçou contra a resistência e a cabeça passou pela entrada apertada, deslizando com muito mais facilidade que ele esperava. Deuses! A pontinha estava tão molhada que ele acabou indo ao final mais rápido do que esperava. Nico achava que tinha gritado, achava que tinha apertado o membro de Percy dentro dele com todas as forças que tinha. Como isso poderia se traduzir como prazer para seus nervos, como?!

— Você vai se machucar. — Ele ouviu ao fundo Percy dizer e sentiu mãos apertarem com força suas pernas. Era difícil se concentrar em qualquer coisa que não fosse o membro o esticando e os tremores de prazer e dor que atingiam seus sentidos. Mas… mas tudo ficaria bem, porque alguns momentos depois Nico sentiu mãos quentes em acariciarem suas costas, o membro sair para fora dele e então dedos molhados estavam massageando dentro dele para o membro de Percy voltar a penetrá-lo, fundo e gostoso, alcançando aquele lugar que até noite passada Nico não sabia existir.

— O que foi, hm? Por que meu bebê está chorando? Onde doí?

Ele negou, balançando a cabeça, e se deixou levar. Colocou os braços ao redor do pescoço de Percy e relaxou, o que deixou tudo melhor. Mas Percy ainda estava parado, respirando rápido contra seu pescoço e o segurando forte pela cintura. 

— Per… eu preciso.

— Não está doendo? Da noite passada?

Nico negou mais uma vez, se acomodando melhor no colo de Percy, fazendo o membro dentro dele acertar os melhores lugares apenas com esse movimento acidental.

— Por favor… eu quero que você… quero que você… ah!

— Assim? — Percy perguntou e demonstrou mais uma vez. Levantou Nico pela cintura e o fez descer mais uma vez, o encontrando no meio do caminho com um movimento certeiro.

— Bebê, eles vão ouvir.

— Percy!

Ele achava que realmente estava gritando agora. Doía! Doía tanto e mesmo assim não conseguia parar, sentindo cada um de seus músculos se desfazerem a cada vez que os quadris de Percy se encontravam com os dele.

— Você tem que se responsabilizar por seus atos, bebê. — Percy sussurrou em seu ouvido. Aquilo era demais para ele.

Choramingando, sem saber o que seu corpo queria, Nico empurrou Percy pelo ombro e rastejou para fora do colo de Percy, gemendo e soluçando, suas pernas falhando no meio do caminho o fazendo cair de cara nos travesseiros. Nico não entendia o que acontecia com si próprio, ele só… só… iria explodir a qualquer momento se o mundo não voltasse a fazer sentido. Como dor poderia se misturar tão ao prazer a ponto de o fazer delirar? Porque o olhar no rosto de Percy só poderia ser uma ilusão que sua mente estava criando. Parecia tão… como se ele fosse a caça e Percy o predador.

— Onde você vai?

— Eu… eu não sei!

— Bebê.

Um calafrio subiu por sua coluna e fez suas pernas tremerem. Tinha algo na voz de Percy que o fez congelar no lugar onde Nico tinha caído. O que estava acontecendo com eles? Ele não conseguia olhar para Percy, como medo ver o que iria encontrar lá, e queria fugir, mas… mas Nico não queria se mover e talvez descobrir o que tanto o assustava. Entretanto, ele estava se movendo da mesma forma, se arrastando pela cama enorme em direção… ele não sabia, qualquer lugar estava bom. Então, porque parou na beirada da cama, ainda tremendo e… e sentindo uma antecipação que ele não sabia de onde vinha? A porta estava bem a sua frente, tanto a do banheiro ou a da saída. Se ele se sentia tão encurralado, por que não estava indo em direção a eles?

Nico gemeu, surpreso, quando a mão de Percy tocou no meio de suas costas, e suavemente deslizou para cima e para baixo num dos gestos mais confortantes que Nico já tinha experimentado.

— Você quer brincar? — Percy perguntou em seguida, ainda sem se aproximar. — Ou quer dormir mais um pouco? Ainda está cedo.

— Eu… — Nico se curvou contra si mesmo e escondeu o rosto no travesseiro. 

Ele não entendia o que acontecia com ele. Nada fazia sentido. Ele não queria estar sentindo essas coisas e não queria ser desse tipo de pessoa. Quer dizer, alguns dias atrás ele estava bem com o que estava acontecendo. Então, qual era o problema?

— Você pode me dizer.

— Eu quero gozar. — Nico admitiu, seu rosto afundado contra o travesseiro.

— Então, olha para mim. Sim?

Nico negou, se encolhendo ainda mais.

A cama ao redor dele balançou e então Percy estava ao lado dele, mãos quentes estavam de volta em sua coluna junto a lábios que deslizaram por toda a extensão, até chegar a curva de suas nádegas, as mordiscando.

— Você está pronto para conversar? — Percy murmurou contra sua pele.

Quando Nico negou mais uma vez, os lábios de Percy desceram mais um pouco e encontraram sua entrada, beijando a área suavemente. — Nunca mais faça isso. Não quero te ver machucado.

Nico não teve outra reação além de estremer e gemer contra os travesseiros, se sentindo derreter quando a língua de Percy acalçou um lugar mais profundo.

— Quer que eu toque seu membro?

Nico negou. Tudo o que ele fazia era negar. O que estava acontecendo!

— Quer que eu pare?

Então, negou mais uma vez, se surpreendendo.

— Bebê. — Percy disse na voz mais afável que ele já tinha ouvido e isso o fez se sentir estranhamente… contente, satisfeito até.

— Eu quero você… dentro de mim.

— É mesmo? — Agora Percy soou quase condescendente, irônico até. O que fazia sentido. Eles estavam fazendo exatamente isso até que Nico teve um ataque de panico.

— Me diga se for muito.

Tudo o que Nico conseguiu fazer foi arfar, ficando sem ar devido ao movimento repentino. O colchão se afundou ligeiramente atrás dele e Percy se encaixou sob suas costas. Mãos rodeiam sua cintura, o puxando para mais perto e dedos se fincaram em seu cabelo, estranhamento o forçando inspirar profundamente. O engraçado é que Percy nem empregava muita força, sua cabeça girando, tentando criar explicações porque esse momento parecia tão diferente dos outros. O que o fazia se sentir tão angustiado e tão excitado ao mesmo tempo? No momento, não importava. Nico sentiu a cabeça do membro de Percy contra sua entrada mais uma vez e então tudo sua visto ficou embaçada, sua cabeça esvaziando por alguns instantes. Era difícil descrever. Nico não sabia se era o agarre de Percy que ficava cada vez mais forte em sua pele, se era Percy arfando contra seu ouvido ou se era a forma decidida e com vigor que Percy o fodia, devagar, mas com proposito em cada estocada certeira, curta e bem colocada.

Talvez ele só quisesse que Percy o mantesse sob controle e lhe dissesse o que fazer em seguida. Será que ele seria obrigado a falar sobre isso também? Antes que isso pudesse acontecer, Nico preferia fugir e nunca mais voltar. Ou ele teria feito isso se Nico não tivesse sentindo as mãos de Percy o prenderem contra seu peito largo, o impedindo se mover muito.

— Está tudo bem. Comigo, certo? — Percy o manteve preso entre seus braços e diminuiu a velocidade de seus movimentos, mas era tarde demais. Algo no modo como Percy o continha finalmente fez Nico se deixar levar. Nico permitiu que Percy continuasse a segurá-lo e estremeceu pelos próximos minutos, relaxando contra o peito de Percy, sentindo Percy ir junto com ele. 

— Tudo bem? — Percy disse depois de alguns momentos quando nenhum dos dois fez nada para se mover.

— Não tenho certeza. — Essa era a coisa mais sincera que tinha saído de seus lábios desde que tinha acordado.

***

— Não tenho certeza. — Nico disse, ainda afundado contra o peito de Percy, finalmente se sentindo seguro e em paz.

Ele se sentia tão estranho que Nico nunca teria palavras para expressar. O que tinha mudado em cinco minutos que o fazia se sentir tão bem agora?

— Tudo está bem. Você foi ótimo. — Percy ainda tinha uma das mãos fincadas em seus cabelos e a outra em sua cintura, que nesse momento massageava sua barriga e baixo ventre, suavemente o ninando.

— O que está acontecendo? Eu não… não queria fugir.

— Sei que não.

— Eu só… 

— Está tudo bem se você se deixar sentir.

— Me deixar sentir?

— Eu aprendi que às vezes nossas mentes vão para lugares estranhos. Como se nosso corpo quisesse uma coisa e nossa mente outra. Então, tudo bem sentir, seja o que for.

— Desde quando você sabe tanto sobre isso?

— Eu… busquei ajuda.

— Psicológica?

Percy acenou que sim contra suas costas e Nico teve que se virar, para ver com os próprios olhos, mas Percy não o encarava; ele olhava para fora da janela.

— Quando você foi embora, percebi que não era comum sofrer tanto por alguém a ponto de querer me matar.

 — Percy! Eu nunca quis que isso acontecesse! Por que você não me disse?

— Você não é responsável por meus atos e eu não sou responsável pelos seus. Ou pelo menos, não era o caso naquela época. 

Então, Percy deu um sorrisinho sacana e Nico revirou os olhos. Parece que eles tinham muito a conversar. 

— A questão é que eu não podia te pedir para voltar e não era justo deixar que a depressão me afundasse. Eu fiz o que Sally pediu. — Percy deu de ombros. — Fui no médico. E mesmo com ajuda, eu ainda sentia sua falta. Não tive escolha senão te ver se divertindo e amadurecendo sem mim.

— Eu… nunca foi algo definitivo. — Nico murmurou, se sentindo um monstro. — Devia ser alguns meses, depois um ano. Eu não tive coragem de te encarar.

— O que te fez mudar de ideia?

— Uma foto. Annabeth e você sentados na sua cama.

Nico observou como em câmera lenta, o olhar de tristeza se transformar em divertimento e felicidade, Percy o abraçando com mais força.

— Ah, se ela soubesse.

— Soubesse o quê?

— Annabeth fez aquilo de proposito, pensando que iria te atingir. Acho que ela conseguiu, não foi?

— Percy! — Agora Percy estava rindo de verdade, se jogando para trás na cama e o levando junto, o prendendo em um agarre de urso.

— Me solta!

— Não, agora é serio. Você quer conversar sobre o que aconteceu?

— Acho que não.

— Não vai nem me dar uma pista? Um ponteiro? Nadinha?

Nico até poderia imaginar o pesadelo. Se Percy soubesse o que Nico realmente queria… seria a seu fim.

— Tudo bem. Já entendi.

Percy se espreguiçou e colocou Nico contra os travesseiros. Antes de levantar, ele beijou Nico e sorriu para ele, dando a volta na cama. Abriu uma gaveta em seu lado da cama e tirou de lá um diário com capa azul, parecido com o que ele tinha dado a Nico.

— Acho que vou escrever depois de tomar um banho. É relaxante, você não acha? — Percy colocou o diário do seu lado da cama e beijou Nico mais uma vez, indo para o banheiro dentro da suíte e fechando a porta.

Nico escutou o barulho de água cair no chão e se sentiu a pessoa mais idiota do mundo. Seu próprio diário estava bem a seu lado na cômoda e tudo o que ele menos queria era escrever sobre seus sentimentos. Ele se sentia forçado e manipulado a fazer algo que não queria, afinal, era o justo; Percy tinha contado a ele algo profundo e pessoal, o que o deixava na posição de contar alto tão pessoal quanto. No fim, não era o que ele queria? Que Percy o… dissesse o que fazer? Nico apenas não pensava que isso escorreria para fora do sexo também. Mas se Percy queria saber, ele faria Percy se arrepender disso.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

E então, ficou muito ruim? Estou pensando em reescrever essa cena em um momento futuro. Comentarios são sempre bem vindos.

Até a proxima.


Tags
Loading...
End of content
No more pages to load
  • massivedynamic17
    massivedynamic17 liked this · 1 month ago
  • mistrkhalilsalem
    mistrkhalilsalem liked this · 5 months ago
  • philquake
    philquake liked this · 5 months ago
  • 96beautiful-nightmares
    96beautiful-nightmares reblogged this · 5 months ago
  • yonderyetiyero
    yonderyetiyero reblogged this · 5 months ago
  • heatherhorgan
    heatherhorgan reblogged this · 5 months ago
  • la-chicadel-cabello-corto
    la-chicadel-cabello-corto reblogged this · 10 months ago
  • fordillo286
    fordillo286 liked this · 10 months ago
  • efectivsuperba
    efectivsuperba reblogged this · 10 months ago
  • efectivsuperba
    efectivsuperba liked this · 11 months ago
  • invisiblev0id
    invisiblev0id liked this · 1 year ago
  • summerchick13
    summerchick13 reblogged this · 1 year ago
  • not-always-rainbows
    not-always-rainbows liked this · 1 year ago
  • thedoctors-impossiblegirl
    thedoctors-impossiblegirl reblogged this · 1 year ago
  • peculiariedades
    peculiariedades liked this · 1 year ago
  • belovedmami
    belovedmami liked this · 1 year ago
  • electricgirrl
    electricgirrl liked this · 1 year ago
  • sassyminnesotan
    sassyminnesotan liked this · 1 year ago
  • monsterkkx
    monsterkkx liked this · 1 year ago
  • sweets1074-blog
    sweets1074-blog liked this · 1 year ago
  • huyamosalinfinito
    huyamosalinfinito liked this · 1 year ago
  • erdruecktvonderwelt
    erdruecktvonderwelt reblogged this · 1 year ago
  • 10raac
    10raac reblogged this · 1 year ago
  • phutinha
    phutinha reblogged this · 1 year ago
  • niemamyskrzydel
    niemamyskrzydel liked this · 1 year ago
  • alex-moon-dust
    alex-moon-dust liked this · 1 year ago
  • umcaralh
    umcaralh liked this · 1 year ago
  • androsappho
    androsappho liked this · 1 year ago
  • theserpent98212
    theserpent98212 reblogged this · 1 year ago
  • atossicar
    atossicar liked this · 1 year ago
  • excorpiano
    excorpiano reblogged this · 1 year ago
  • ankalewi54
    ankalewi54 reblogged this · 1 year ago
  • mmtaste-2
    mmtaste-2 reblogged this · 1 year ago
  • happilykrispygalaxypensieri
    happilykrispygalaxypensieri liked this · 1 year ago
  • micalaz
    micalaz liked this · 1 year ago
  • studiolaurent
    studiolaurent liked this · 1 year ago
  • sbm4fff
    sbm4fff liked this · 1 year ago
auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

464 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags