Qualquer Coisa, Querida? (Flip Zimmerman X Leitora)

Qualquer coisa, querida? (Flip Zimmerman X Leitora)

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Capa: @arianecamargo2020

-Resumo: Você está disposta a dar qualquer coisa que Flip quiser em seu aniversário.

-Alertas: linguagem explícita, sexo hardcore, mal uso dos artefatos policiais (algemas, arma), dominação/submissão, conversa suja, humilhação, homem vestido X mulher nua.

-Palavras: 1861.

—É seu aniversário, Flip, peça o que quiser. —Você insiste, passando os dedos suavemente pelo peito dele por cima da camisa.

Era a décima vez que vocês tinham essa conversa nessa semana, e ele sempre rejeitava qualquer proposta de comemoração. Vocês estavam juntos há poucos meses, mas era da sua natureza querer fazer algo para celebrar uma data tão importante, ainda mais se tratando de Flip Zimmerman, o homem que dominava seu coração e sua boceta como nenhum outro jamais chegou perto de conseguir.

Diante sua pergunta, ele continuou escorado na porta do quarto, fumando e te olhando com uma expressão de pedra, a altura dele diminuindo você. Esse mau-humor constante era ao mesmo tempo irritante e sexy, e mais de uma vez você se viu perdida nesse limbo.

—Qualquer coisa, querida? —Ele pergunta, te desafiando, puxando uma longa tragada do cigarro e soltando pelo nariz, te olhando de cima com os olhos castanhos semicerrados.

O que você mais adorava nele era o quanto ele estava sempre sedento por você, e você percebia pelo tom de voz: grave, baixo, sombrio. Um leve sorriso te iluminou quando você entendeu as intenções dele, e é claro que você queria ver até onde ele iria.

—Sim, qualquer coisa. —Você repetiu, já hipnotizada por aqueles lábios perfeitos. Ele sempre era um tanto dominador com você, um pervertido total, e você sempre cedia de bom grado, cada transa era uma experiência única. Mas agora ele parecia ainda mais desafiador.

—Cuidado com o que você fala, garotinha... Posso não ser tão gentil dessa vez.

Você ferveu com essas palavras, seu tesão misturado à sua curiosidade não permitiram que você respondesse de outra forma:

—Vá em frente, detetive... Mê dê seu pior. —Você o encarou com olhos gananciosos através da fumaça azulada, seu corpo automaticamente se derretendo contra o dele. Você sabia que ele adorava quando você o chamava assim. Ele te considerou por um momento antes de dizer, com um sorriso: —Como quiser.

Duas mãos enormes te empurraram para longe, por pouco você não se desequilibrou e caiu para trás. Assustada no meio do quarto, você o encarou com olhos arregalados.

Tudo bem, já que você passou o comando totalmente para ele só cabia agora aceitar.

Você se endireitou e respirou fundo.

Ele percebeu sua conformidade em aprovação, te olhando dos pés a cabeça. Você passou no teste. Uma longa e última tragada no cigarro, antes dele o apagar no cinzeiro da bancada ao lado. —Tire a roupa. —Ele ordena, ainda parado na porta. —E olhe para mim enquanto faz isso.

Você estremeceu. Porra, os sentimentos que ele despertava em você eram tão intensos que ele podia fazer você se desintegrar por inteiro somente com um olhar e um comando. Você começou a se despir, batimentos cardíacos acelerando. Primeiro seus sapatos, depois sua blusa, seguidos por sua calça, restando somente sua calcinha e sutiã. O olhar dele te devorava mesmo à distancia.

—Qual parte de tirar a roupa você não entendeu?

Merda. Mesmo já tendo sido vista nua antes você sempre ficava tímida.—Bom...Flip, eu só achei que...

—Silêncio, isso não é uma discussão. Tire-os. —O tom de voz autoritário corroeu seus ossos e te incendiou por dentro.

Trêmula, você obedeceu, encarando-o diretamente como ele mandou. Primeiro o sutiã, depois a calcinha. Excitação e vergonha percorreram seu corpo. Ele não desviou o olhar um segundo sequer.

—Muito bom... Perfeita. Agora ajoelhe-se, mãos para trás.

Você já imaginava o que estava por vir e sua boceta pulsou. Você estava querendo isso há semanas, mas não tinha coragem de pedir. Ele se aproximou e te rodeou, ajoelhando-se próximo às suas costas. Quando o material frio das algemas prendeu seus pulsos você soltou um suspiro de satisfação e ansiedade, sua respiração acelerou e seus mamilos endureceram. Flip se levantou e voltou ao seu campo de visão, um sorriso maligno enfeitava seu rosto perfeito —Você esteve querendo isso há muito tempo, não é? Ser algemada por mim, para ser usada como eu bem entender?— Ele perguntou, provocante.

Sem fôlego, você acenou positivamente com a cabeça, a humilhação te impedindo de pronunciar qualquer palavra. Sem que você percebesse o movimento, a palma da mão dele estalou em seu rosto. —Quando eu fizer uma pergunta, quero que você responda adequadamente, putinha.

Caralho, isso doeu! E caralho, você amou! Piscando os olhos rapidamente para recuperar o foco, você se deu conta de que o ardor na sua bochecha enviou choques direto para o seu sexo.  Você o encarou, querendo mais. Assim que seus olhos encontraram os dele, ele pareceu captar seu desejo e o lado oposto do seu rosto foi atingido. Um gemido de dor escapou da sua garganta.

—Eu fui claro?— A voz dele era baixa e severa, evidenciando sua autoridade.

—Sim, você foi claro, desculpe.—Sua boceta já estava encharcada, latejando.

—Assim é melhor.

Você estremeceu quando viu mais um objeto metálico nas mãos de Flip: a sua arma. —Agora me mostre o quanto você é imunda. —Ele ordena posicionando o objeto bem à frente do seu rosto. O medo tomou conta de você, seus olhos se arregalaram. —Vamos, me mostre o que essa boca pode fazer.— Pânico, vergonha, medo e um tesão descontrolado lutavam dentro de você. Isso sim era algo que você jamais poderia imaginar que algum dia faria, ou pior, ansiaria por fazer, como agora. Mas você olhou para cima e notou a ereção elevada dentro da calça jeans, isso bastou pra você obedecer, com os olhos novamente fixos no homem enorme de pé à sua frente. Em um mergulho, sua boca alcançou o cano frio e você começou a chupar, passando a língua ao redor, deixando-se corromper por completo. Os barulhos que saíam da sua garganta pareciam excitar Flip ainda mais, o que só te incentivava a continuar. Você chupou cada vez mais forte, engolindo mais fundo, língua trabalhando com habilidade.

Porra, se suas mãos não estivessem algemadas você começaria a se masturbar ali mesmo e gozaria em segundos.

Mas não, Flip tinha outros planos pra você. Ele puxou a arma da sua boca tão rápido que você engasgou, e num movimento bruto ele se abaixou à sua frente, guiando o revólver pelo seu pescoço, entre os seios e descendo pela sua barriga, até atingir as dobras da sua boceta. —Que porra é essa, Flip? Você enlouqueceu? —Você tentou se debater e se afastar, mas a mão livre dele se firmou na sua lombar e te roubou qualquer tentativa de fuga.

— Shh... quietinha, você vai ter exatamente o que pediu.— Com isso, a arma passou pela sua entrada, suas paredes se contraindo de prazer. A outra mão dele deixou suas costas e chegou ao seu clitóris em movimentos circulares, te enviando pra outra dimensão.

—Flip... Você é insano... — Você protestou entre seus gemidos ofegantes, quadris se balançando com o ritmo dele.

—Interessante... Eu sou insano. Mas é você que está prestes a gozar na minha arma.— Ele sussurrou, perverso. Você ofegou com a afirmação dele. Sim, ele estava certo, você estava prestes a gozar na porra de uma arma. Se restava qualquer fio de dignidade em você, ele acabara de ser rompido. Seu orgasmo veio em poucos segundos, estremecendo seu corpo inteiro, te transformando numa bagunça devassa, seu sexo se contraiu na arma tão fortemente que da sua boca escaparam gritos e xingamentos que você não conseguiu impedir. Flip te estimulou pelos seus espasmos secundários e logo em seguida retirou a arma por completo, sugando com os lábios os resquícios dos seus fluídos.

Puta merda, você jamais esqueceria essa cena.

Ele já estava ofegante, louco por sua própria libertação quando jogou a arma no chão e se levantou. Confusa, você o perguntou se ele não iria te libertar das algemas.

—Eu ainda não terminei com você, vadia.— Ele respondeu, desejo pingando de sua voz. Você o sentiu se ajoelhar atrás de você enquanto a mão dele empurrava suas costas, forçando seus ombros e seu rosto de encontro ao chão, e sua bunda e quadris a se erguerem no ar. Você ouviu um barulho de fivela, o som de um cinto caindo e zíper sendo aberto.

A cabeça do pau dele roçou sua entrada super estimulada, você ofegou em desejo, o fogo se acendeu novamente. Sem perder tempo, ele bateu os quadris nos seus empurrando todo o membro na sua boceta apertada, você gritou e se contraiu, o que arrancou de Flip um delicioso e longo gemido de prazer. Ele era enorme, sempre parecia que iria te rasgar no meio, mas o prazer era tão grande que você gostava da dor.

Logo de início o ritmo dele era impiedoso, chocando seu rosto contra o chão a cada impulso, o som dos quadris se batendo era mais alto do que qualquer gemido. Flip rosnou seu nome ofegante —É disso que você gosta, não é?'— A mão dele estalou em sua bunda com força —Diz, porra!

Você gritou de dor e prazer— Sim! Eu... Ah!— Ele te bateu de novo, e de novo, no mesmo lado —Sim! Eu amo isso, Flip, porra!— Mais um tapa, dessa vez do outro lado. Você já estava prestes a gozar.— Flip, por favor... —Suas palavras saíram cortadas com o ritmo cada vez mais brutal que aprofundava o pau na sua boceta tão fundo que você não imaginava que era possível.

—Por favor o que? Não está satisfeita em ter gozado na minha arma? Hein?— Ele rosnou em resposta.

—Não... Flip, eu preciso... Por favor!

—Sua putinha insaciável!

A mão dele vagou das suas costas até seu cabelo, que ele puxou com tanta força que levantou seus ombros e tronco do chão, sem perder um segundo sequer do ritmo espancando seu útero. Você gritou quando a onda de dor atravessou seu couro cabeludo, seu corpo agora suspenso apoiado somente pelos joelhos. Seu pescoço estava tensionado para trás, seus pulsos algemados te deixaram totalmente vulnerável, suas pálpebras estavam fechadas de tanta dor e tesão e o suor brotava por todo o seu corpo. A outra mão dele chegou ao seu clítoris, você se debateu de tanto prazer.

—Goza pra mim, vagabunda.— Ele ordenou, sua boceta obedeceu imediatamente. O segundo orgasmo te atingiu mais intenso do que o primeiro, seus gemidos se tornaram gritos, sua mente escureceu e seus espasmos apertando o pau de Flip puxaram o orgasmo dele, que veio entre rosnados e jatos quentes dentro de você. Seu corpo se amoleceu por inteiro, o aperto dele no seu cabelo diminuiu e você foi colocada de volta ao chão. Você o ouviu se levantar e fechar o zíper da calça antes de soltar suas algemas.

Você se deitou, de olhos fechados, completamente nua, suada, descabelada, com a pele e os músculos doloridos.

Isso foi incrível.

Seu cérebro ainda estava entorpecido, você precisaria de alguns minutos para se recuperar completamente e se levantar. Mas dois braços fortes te ergueram e te pressionaram junto ao peitoral grande e quente que você tanto amava. Ao abrir os olhos, você encontrou o sorrisinho de canto de lábio de Flip, satisfeito em te deixar nesse estado deplorável.

—Feliz aniversário, detetive!— Você diz devolvendo o olhar. Ambos sorriem.

Ele finalmente te puxa para um beijo.

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4 years ago

Oi Mari!!! Eu não sei se você aceita pedidos, mas gostaria de fazer um... Vc poderia fazer o Clyde te dando feliz aniversário de uma maneira especial?😏😏😏😏 Ps: Só fiz isso porq meu niver é daqui a dois dias 👉🏼👈🏼

Você acordou com a sensação de estar no meio de um terremoto, mas logo percebeu que era apenas seu celular vibrando.

Com a voz sonolenta e um pouco preocupada, você atendeu.

—Clyde... O que houve? Está tudo bem?

—Desculpe por te acordar, amor, eu só... Queria ter certeza de que seria o primeiro a te desejar feliz aniversário.

—Oh... — você olhou a tela do celular, o relógio marcava exatamente meia-noite. Um sorriso se abriu instantaneamente em seu rosto.

—Bom, feliz aniversário, amor.

—Clyde...— você riu. Ele era tão meigo que você já estava começado a se derreter —Obrigada, querido... Eu queria tanto que você estivesse aqui.

—Na verdade... Eu estou. Pode abrir a porta, amor? Está congelante aqui fora.

Você saltou pra fora da cama, todo o sono havia se dissipado e dado lugar a uma onda de alegria.

—Só um instantinho.

Com pressa para pegar as chaves, você jogou o celular na cama e deu uma alinhada rápida em seus cabelos, enquanto caminhava em direção a porta de entrada.

Você abriu e ele estava lá, quase tão grande quanto a própria porta, segurando desajeitadamente um buquê em sua mão mecânica e na outra o que você julgou ser uma caixa de chocolate. O lábio inferior salientado indicava que ele estava nervoso, provavelmente com receio de não te agradar, o que era absurdo.

—É clichê, mas... Você sabe que eu não sou bom com essas coisas e...

Ele nem terminou de falar e você já estava pendurada em seu pescoço, enchendo seu rosto de beijos apaixonados.

—Isso é tão lindo, amor! Eu adorei!

Cada palavra foi pontuada com um beijo, e você notou quando ele suspirou aliviado. Após guardar o chocolate na geladeira e arrumar as flores na mesa, você pulou novamente em Clyde e envolveu as pernas na cintura dele. Vocês foram assim para o seu quarto, se beijando com vontade, as mãos dele segurando suas coxas.

Você abriu os olhos somente quando suas costas atingiram o colchão. Clyde não perdeu um segundo, enchendo seu pescoço de chupões e mordidas logo que se colocou em cima de você.

—Amor, você é inacreditável... Aparecer aqui assim, a essa hora...

Sua fala já era quase um gemido. Clyde tirou sua blusa com suavidade, mordendo o lábio ao notar a ausência de sutiã.

—Eu só quis fazer uma surpresa pra minha garota...— ele disse, espalhando beijos e mordidas em seus seios, descendo gradativamente pela sua barriga até encontrar o início do short, que ele puxou pelas suas pernas— ...E ela merece ter um dia incrível, começando agora.


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4 years ago

Eu tenho pouquíssimo tesão no Toby Grisoni ._.

4 years ago

o lance do Flip você não é a única, eu amei o lance de cinzeiro ! Kakakaka Enquanto isso eu espero não ser a única negra que queira dar pra ele usando o uniforme da klan 🤪

Pai amado, ele todo puto em ter que usar aquele uniforme escroto, que delícia seria ele rasgando aquilo do corpo enquanto nos fode 🤤 mas sem o capuz, é claro

4 years ago

Veneno pt.2

Mais um pouco do conteúdo repulsivo entre professor Charlie e leitora-aluna-menor de idade-pervertida. 

Vou dar continuidade sempre que estiver bêbada demais para escrever um texto, ou seja, vai durar para sempre. Parte 1 aqui. Tem até um título agora, dado por alguém que sabe o que diz.  (Obrigada, Dra. T.)

-No corredor após a aula, alguns rapazes elogiaram suas pernas, expostas demais depois que você propositalmente subiu a saia na cintura.

-As cantadas não surtiram efeito nenhum além de alimentar seu ego (já muito bem alimentado, obrigada).

-As garotas te olhavam dos pés a cabeça.

-Você revira os olhos para todos esses idiotas. Nada fora do comum.

-Exceto que você tivera o pau de Charlie na noite passada.

-E que só pensava em quando transariam de novo.

-Aliás, seu andar seria praticamente um desfile se você não estivesse tentando disfarçar a dor em cada passo.

-Foi o melhor que você já teve até hoje, por sinal. Sim, apenas uma vez e já está no topo da sua (longa) lista.

-E sim, vocês transariam de novo. Quando você se despediu com um beijo em seu rosto e um doce "boa noite, professor" após o orgasmo violento de ambos, a expressão de culpa que se formou naquele rosto tão bonito te deu essa certeza.

-É tão excitante bagunçar a cabeça dos homens, ter esse poder por si só já te torna insaciável.

-Se tratando de Charlie então, era simplesmente viciante.

-E depois de meses de luta ele finalmente estava na palma de sua mão. Pobrezinho.

-Apesar de seu útero espancado, você aguentaria feliz uma próxima rodada: sua pequena calcinha já estava molhada só com o pensamento.

-"Entre" Charlie respondeu após você bater na porta, no fim do corredor.

-A voz trouxe soou tão sexy quanto os gemidos e palavrões sussurrados em seu ouvido.

-Sentada na cadeira que ele indicou, você se embriagou com a visão do peitoral denso que esticava a camisa, das mãos grandes repousadas na mesa, na forma como os lábios -que você ainda não provou- se moviam enquanto ele falava.

-Nada de importante, por sinal, só algumas besteiras sobre você não comentar com ninguém sobre o ocorrido, as possíveis consequências daquele ato. Coisas que você já sabia.

-Que seja. Mesmo sentado seu tamanho era poderoso, a roupa formal não escondia que Charlie estava muito bem em forma, para seu deleite.

-Impaciente, você se levantou e trancou a porta, indo em sua direção, suspirando em falso tédio.

-"Eu sei que eu não posso contar pra ninguém, professor, mas me diz uma coisa..." você disse, interrompendo-o, observando os papéis na mesa, a xícara de chá que ele não havia tocado desde que você chegou, a decoração aconchegante nas paredes e finalmente repousando naqueles olhos confusos cor de mel.

-Ou de conhaque.

-Você alisou um dos ombros por cima da camisa, sorrindo quando ele perguntou o quê, visivelmente tenso pela proximidade. Ele engoliu em seco quando você passou uma perna por cima de sua coxa.

-Se acomodando ali, você mordeu o lóbulo de sua orelha e perguntou com um risinho como você explicaria o bom desempenho na prova às suas amigas e aos seus pais, que ficariam tão orgulhosos.

-Pobrezinho, você podia sentir o coração dele acelerando e o volume crescendo em sua calça.

-Charlie murmurou para você se afastar mas você mal prestou atenção, já que estava com o rosto afundado em seu pescoço enquanto se estimulava sutilmente em sua perna.

-Ele se amaldiçoou antes de firmar a mão em sua lombar, acelerando seus movimentos.

-Deuses, o cheiro dele era incrível, a maciez do cabelo também.

-Esse homem era intoxicante, você não conseguiria parar de montar aquela coxa nem se quisesse.

-"Sua nota na prova foi pura coincidência", ele disse baixo em seu ouvido. "Você terá que fazer muito melhor se é isso o que procura".

-O desafio foi o suficiente para acelerar seu orgasmo. "Jura? Você parecia ter se divertido tanto quanto eu, professor".

-"Mas talvez eu tenha alunas melhores do que você."

-Desgraçado, como ele ousa insinuar isso? De jeito nenhum você batalhou tantos meses para ser desprezada assim.

-A altura dele na cadeira fez com que você precisasse ficar praticamente na ponta de seus tênis para controlar melhor os movimentos naquela coxa macia e musculosa.

-"Você não tem alunas melhores do que eu, mas com certeza não é meu professor favorito" você replicou, arfando.

-As duas de mãos de Charlie agarraram sua bunda com força por baixo da saia e ele aumentou a fricção em seu clitóris.

-Seu corpo adolescente foi facilmente sustentado por aquela coxa robusta quando seus pés deixaram o chão. Você fechou os olhos e segurou firme com os dois braços ao redor dele.

-"E é por isso então que você está aqui, tão desesperada que está arriscando ser pega só pra gozar na minha perna?"

-Você mal prestou atenção, gemendo quando sua boceta se contraiu dolorosamente e sua umidade se espalhou escurecendo uma pequena mancha na calça bege.

-A agitação dos alunos que aproveitavam o intervalo lá fora ocultou seus sons lascivos.

-Não foi como no pau dele, é verdade, mas o orgasmo foi delicioso, infinitamente melhor do que no seu travesseiro.

-A sala de Charlie não seria mais a mesma depois disso.

-A calça dele também não, você pensou quando conseguiu se manter de pé, depois de alguns segundos.

-Vocês se olharam, ambos estavam levemente suados e desalinhados. 

-Era óbvio em seu comportamento que você era a primeira aluna com quem ele transou.

-Você gostou disso. Muito.

-Batidas na porta. Droga.

-Charlie se levantou por impulso mas rapidamente sentou após perceber que sua ereção ainda estava (bastante) visível.

-Você poderia ter ficado nervosa como ele, que agora encarava a mancha inexplicável na perna.

-Mas você não era assim. Já passou por situações piores.

-Pegando a xícara, que ele provavelmente havia ganhado da esposa, você derramou um pouco do líquido morno de modo que ocultasse as evidências de seu clímax e espalhasse novas manchas menores, inclusive na camisa azul.

-É, talvez você tenha errado e derramado um pouco demais.

-Você riu e correu para abrir a porta, Charlie bufou, não parecendo muito feliz.

-A filha dele entrou, surpresa por encontrar os dois mas não o bastante para esquecer de perguntar sobre a carona para casa, também reparando que o pai havia acidentalmente cometido um desastre com o chá.

-Ah, sim, você poderia ir com eles, ela disse. 

-Claro, você adoraria, mas tinha um encontro depois da aula.

-O sinal soou estridente

-Era a sua deixa.

-"Até logo, sr. Barber" você disse ajeitando sua mochila no ombro e saindo sorridente junto com sua melhor amiga.


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4 years ago
Até A Forma Como Ele Segura Mais De Uma Coisa Com Uma Mão Só Me Provoca Pensamentos Pecaminosos

Até a forma como ele segura mais de uma coisa com uma mão só me provoca pensamentos pecaminosos


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4 years ago
Essas Fotos Novas Estão Me Fazendo Surtar De Vez, Quero Gritar Cada Vez Que Vejo Uma 😍😍😍

Essas fotos novas estão me fazendo surtar de vez, quero gritar cada vez que vejo uma 😍😍😍


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4 years ago

Nova função (Kylo X Leitora)

Resumo: o temido rei Kylo Ren faz uma visita durante a noite a você, uma serva, que mora no castelo.

Alertas: linguagem explícita, bondage leve, infidelidade/traição, anti-reylo, uso inadequado do brasão da família lol mesma putaria de sempre no fim das contas fazer o que. Rei!Kylo X Serva!Leitora

Quando um barulho perturbou seu sono, você acordou assustada e se sentou num impulso, com a respiração ofegante e os cabelos desalinhados.

Os raios de luz lunar entravam através das cortinas brancas, que balançavam com o ar frio, tão pálidos que não ajudaram seus sentidos a captarem nada além da escuridão que a madrugada lançava sobre o pequeno cômodo.

Mas sua intuição, em contrapartida, sussurrou que você não estava só.

-Quem está aí?- você perguntou com firmeza em direção ao vazio, tentando distinguir seu punhal em meio ao breu. Por precaução ele sempre ficava em lugar de fácil acesso, ainda que você morasse dentro do castelo (pois os soldados e demais servos não eram tão amigáveis com as mulheres).

Ao ver que sua arma repousava no criado-mudo, você a agarrou, pronta para se defender se fosse necessário.

-Esses aposentos são propriedade da rainha! Quem quer que você seja, não tem permissão para estar aqui!

Uma voz masculina familiar surgiu de um dos cantos encobertos pela penumbra.

-Eu não teria tanta certeza.

-Vossa majestade, eu...

-Solte isso.

Você obedeceu de imediato, tentando adotar uma postura de total subserviência conforme Kylo Ren emergia das sombras, se aproximando com passos lentos e pesados.

Centenas de questionamentos invadiram seu cérebro, entre eles as regras sobre se levantar e se curvar perante o rei sempre que o cumprimentasse. Você não soube se deveria levar a regra em conta agora, pois estava em seus trajes noturnos, e nenhum espectador do sexo masculino poderia te ver assim em hipótese alguma.

Como também não era o ideal que você o visse, você pensou, ao se dar conta de que ele também usava os dele. E Kylo parecia tão encantador que você abaixou os olhos contra a sua vontade e para seu próprio bem, se perguntando como um homem poderia ser tão pecaminosamente bonito.

Por outro lado, o olhar dele não desviou de você um segundo sequer. E isso te deixou tensa, afinal a presença de Kylo era por si só intimidadora em qualquer que fosse o ambiente, se tratando de seu quarto então, podia ser o você chamaria de desesperador.

Suas mãos começaram a suar, seu coração desencadeou um bombear frenético de sangue pelo seu corpo. Você ficou feliz pela pouca iluminação ser uma aliada para encobrir seu empasse.

Temendo a resposta, você articulou a única pergunta que conseguiu.

-P-por que o senhor está aqui? Eu fiz algo que o desagradou?

Se sentindo nada além de um alvo, você começou a repassar tudo o que fizera durante o dia em busca de algum possível erro que poderia lhe render um castigo, afinal Kylo Ren estava lá com um objetivo, e a julgar pelo quanto você conhecia sobre ele, certamente não era bom.

-Essa é uma maneira adequada de receber o rei?

Você lentamente escorreu dos lençóis, se colocando de pé e se curvando em reverência, fingindo não notar a forma como ele encarou seu colo nu ao voltar a sua postura normal.

-Minha presença te incomoda?

A voz dele atingiu direto seus ossos, sombria como a noite. Sensual, você poderia dizer, se não fosse loucura demais. A pergunta era perigosa, Kylo Ren era um homem extremamente temido por sua crueldade. Mas de certo modo ele estar ali não a incomodava totalmente.

Deveria.

E talvez esse fosse o maior problema.

Você se viu presa num dilema, pois qualquer coisa que respondesse poderia soar inadequado.

A única opção restante era o silêncio.

Você juntou as mãos na frente do corpo e apoiou o peso na outra perna, ficando de repente consciente do roçar do seu vestido em cada centímetro de pele e do suor que começava a brotar nos poros. Você engoliu em seco.

Nenhum movimento passou despercebido por Kylo.

-Eu te fiz uma pergunta, serva. E não se atreva a mentir.

-Eu... Não, senhor... Na verdade... Não me incomoda. - você admitiu, já sentindo o peso das possíveis consequências.

- Isso é bom...- Ele olhou ao redor do pequeno quarto, analisando a pouca decoração e alguns móveis de madeira, que consistiam basicamente em uma penteadeira rústica, uma escrivaninha, um baú grande de roupas, sua cama desarrumada e por fim se demorando mais no brasão da família, pregado acima da cabeceira.

Ele admirou o desenho das duas lanças douradas cruzadas em X sobre o fundo vermelho sangue, com um elegante R no centro, antes de se aproximar de você, andando ao redor e parando próximo às suas costas.

-A rainha não iria gostar de saber que o senhor está aqui.... Então, talvez... Isso seja inadequado. Senhor.

Ele riu baixo, agora tão perto do seu pescoço que você sentiu um calafrio estremecer sua espinha. Algo se contraiu dentro de você.

-Você não parece se importar com o que é adequado... - uma das mãos dele tocou sua cintura, seu corpo enrijeceu imediatamente -...Visto que se insinua para mim o tempo todo... Constantemente, sempre que me vê. Acha que eu não percebo?

Medo e vergonha enfraqueceram seus nervos, você não esperava que seu desejo fosse tão óbvio, e muito menos que você fosse diretamente confrontada com isso.

Seus pensamentos se confundiam entre querer desaparecer e querer se entregar de uma vez, como fantasiou dezenas, centenas, milhares de vezes desde que conseguiu seu cargo no castelo.

-S-senhor, me desculpe, n-não é o que parece.

Você sentiu a muralha do corpo dele se encostar em você, uma fonte de calor firme e sólida. A outra mão passeou por seu cabelo e inclinou sua cabeça, expondo seu pescoço.

Você deixou escapar um gemido, mal percebendo como já havia começado a ceder sob sua influência.

-Não?- ele passou os lábios pela sua pele, a voz vibrando em suas veias -Então me diz o que significa quando você me olha sem pudor algum pelos corredores... Quando esbarra propositalmente em mim durante os jantares... Quando se mostra tão vulgar nessas vestes, sem ao menos pensar duas vezes... Você não consegue mesmo evitar, não é?- os dedos dele aplicaram mais força em seu couro cabeludo, fazendo sua cabeça se apoiar no peito dele. Kylo se elevou sobre você, olhando direto em seus olhos, antes de agarrar sua garganta com a outra mão. -Você não consegue evitar se comportar como uma meretriz na minha presença.

Outro apelo baixo escapou de seus lábios entreabertos, você já estava se esfregando em Kylo descaradamente a essa altura. Sua resposta saiu como nada mais do que uma faísca distante de voz.

-Não, senhor... Eu não consigo.

-E por que você acha que eu me deitaria com você? Porque acha que é digna da minha atenção?

-Porque eu sei que posso ser melhor do que ela, senhor. Melhor do que a rainha.

Sua ousadia, que te surpreendeu assim que as palavras foram ditas, pareceu enfurecer Kylo. Ou excitá-lo. Bastante. Visto que lhe rendeu um aperto intenso na traqueia, obstruindo a passagem de ar quase completamente.

-Aposto que sim. Não deve ser tão difícil para mulheres como você.

Kylo capturou seus lábios com os dele, rosados e carnudos num encaixe imperfeito devido ao ângulo, mas extremamente lascivo.

Sua mão se ergueu até seus cabelos, estimulando para que o beijo se aprofundasse. Você poderia dizer que se aproximava do paraíso a medida que as emoções explodiam em suas entranhas. Kylo facilmente se passaria por um anjo, sua beleza era injusta demais para um mortal. Mas seu coração em contrapartida o desmentia, tão negro quanto um abismo, te puxando mais e mais desde que encarou seus olhos castanhos pela primeira vez.

Você sabia que não foi somente sua aparência de traços fortes e enigmáticos, ou seus cabelos negros como a noite que caíam nos ombros largos que só poderiam ter sido esculpidos por uma divindade. Havia mais. Era essência dele. Suas trevas, sua maldade, seu caos, que te fizeram uma vítima entregue de boa vontade às suas garras.

Tudo isso podia ser sentido naquele beijo que você não soube quanto tempo durou, até que Kylo subitamente se afastou e sem aviso prévio te empurrou contra a cama. Você caiu com as mãos no colchão, um pouco surpresa com tudo aquilo.

Você poderia ser morta se alguém descobrisse.

Ao se dar conta do que estava prestes a acontecer, o nervosismo pesou seu estômago.

Você recuou quando viu que ele pegou seu punhal e subiu de joelhos na cama.

-Senhor...

-Silêncio.

Com um movimento preciso ele cortou um pedaço do brasão. Você arregalou os olhos.

-Senhor!

-Eu te mandei ficar em silêncio!- Kylo juntou seus pulsos e usou o tecido para amarrá-los na cabeceira da cama -Eu não quero ouvir um único som saindo dessa boca impura enquanto eu dou exatamente o que você merece. Entendeu?

Você concordou com a cabeça, chocada com o quão audacioso ele era. A maneira como Kylo estava te tratando sem dúvidas era tão humilhante que qualquer mulher que não fosse de fato uma cortesã a teria como inaceitável.

Mas no seu corpo isso resultava em uma onda de desejo intenso, e no momento era tudo o que você queria.

As mãos dele subiram o vestido pelas suas pernas, todo o seu corpo se arrepiou com o toque. Quando chegou no quadril, ele te puxou para baixo e afastou seus joelhos, se colocando entre eles. O ar frio te deixou consciente da umidade em seu sexo, e Kylo murmurou em aprovação quando puxou seu membro para fora da calça e o deslizou entre suas dobras.

-Repulsivo... É assim que deve se comportar uma serva do rei?

Seu útero se contraiu. Você negou com a cabeça, seu rosto queimando de vergonha e de desejo conforme ele estimulava seu clitóris. Você começou a se contorcer em busca de mais e mais prazer.

Não gemer era a parte mais difícil, porém você não queria desobedecê-lo e muito menos ser pega, então você usou todas as suas forças para ficar em silêncio.

Quando ele empurrou dentro de você, entretanto, foi inevitável. O resultado da colisão de prazer e dor se verbalizou num quase grito agudo.

-Merda!- Kylo cobriu sua boca, resmungando entre os dentes -Eu não esperava que uma prostituta como você fosse tão apertada.

Você o encarou lacrimejante, seu corpo se contorcendo embaixo dele, certa de que nunca havia se deitado com um homem tão grande antes.

Você imaginou que teria pelo menos alguns segundos para se acostumar antes que ele começasse a se movimentar, mas Kylo se retirou até o fim e empurrou com mais força, de novo e de novo, garantindo que você sentisse cada centímetro de seu comprimento.

Seus gritos viraram grunhidos abafados pela mão de Kylo, a doce mistura de dor e prazer fazendo seus olhos se revirarem. Você queria tocá-lo, puxar sua blusa para fora do corpo e cravar as unhas nos músculos fortes que você sabia que estavam lá, forjados em lutas e incontáveis guerras.

Mas o símbolo da realeza te relembrava em forma de restrição que você não podia.

Kylo não tirou os olhos de você, castanhos e brilhantes, captando suas reações por trás das mechas soltas caídas em seu rosto, que balançavam conforme ele te penetrava.

Ele batia os quadris nos seus com força implacável, a outra mão apertava seus seios por cima da roupa quase dolorosamente, enquanto você parecia afundar no colchão com seu peso. O ranger ritmado da cama e os sons do impacto da pele preencheram o silêncio que parecia pairar sob todo o castelo, qualquer guarda que passasse pelos corredores poderia escutar as evidências da sua má conduta.

Com o pouco de sanidade que lhe restava, você pedia aos deuses que isso não acontecesse, pois seria sua ruína ser pega amarrada tomada de prazer embaixo do rei.

Não que eles fossem te escutar, você era uma traidora.

Mas parte de você adorava isso, você pensou, quando notou a aliança pressionada em seus lábios. Você sentiu suas paredes pulsando, anunciando a aproximação do seu orgasmo.

-Mantenha os olhos abertos- Kylo ordenou em meio as estocadas - Quero você olhando pra mim enquanto goza.

Você concordou exageradamente, sentindo maravilhada o prazer explodindo e se espalhando pelo seu corpo.

-Isso mesmo... Eu esperei isso por tanto tempo.

Com os olhos fixos nos de Kylo, você viu os cantos dos lábios dele se curvarem para cima num sorriso malicioso, e logo suas palpitações o levaram a se derramar dentro de você também, expelindo xingamentos e maldições que um rei jamais deveria dizer.

Você estava sem fôlego quando ele saiu de cima de você e libertou seus pulsos, descartando o pedaço do brasão no chão como se fosse um trapo qualquer.

Você caiu mole no colchão e o observou enquanto se levantava, se perguntando como as coisas seriam dali por diante. Ele pareceu ler a dúvida em seu rosto.

-Não se preocupe com isso. Eu estou prestes a dar um jeito.

-O que o senhor quer dizer?

Ele olhou ao redor.

-Apenas acostume-se com sua nova função. E se certifique de não estar usando nada quando eu retornar amanhã.

E então ele saiu, um brilho estranho em seus olhos indicava que algo muito ruim estava prestes a acontecer, e você, naquela noite, tentou não pensar demais até dormir novamente.

Somente anos depois, quando ocupasse seu lugar ao lado dele no trono, você viria a entender.

4 years ago

Ronald please😍imagine .... Com direito ao facã

Amiga... Você sabe que o lance do facão deu merda, talvez algum dia eu faça essa porra mas... kkkkk o trauma foi grande, pelos céus!

4 years ago

Punição de hoje (Charlie Barber X Leitora)

Essa putaria vai especialmente para D. que é uma amiga incrível e a principal responsável pela criação do meu depósito. Feliz aniversário, amor. Eu sei que deveria ter ficado pronto antes mas como você sabe esses dias eu resolvi experimentar cocaína e acabei deletando tudo no meio do surto, me perdoe. Enfim, divirta-se, tentei juntar tudo o que você queria :)

Alertas: o mesmo de sempre, linguagem explícita, infidelidade, humilhação, nada de engolir o esperma, lustrar o sapato de um jeito duvidoso, heineken.

Palavras: 2k e alguma coisa

—Eu só não consigo entender como você pôde esquecer pela terceira apresentação seguida as mesmas falas!— Charlie esbravejou ao longe, o som de sua voz atravessando abafado a porta fechada do banheiro onde você retocava seu batom despreocupadamente.

Você bufou, ele era tão perfeccionista às vezes que te dava tédio. Durante todo o trajeto até o hotel, Charlie insistiu em discutir esse assunto repetidamente no carro. Parece até que você cometeu um crime imperdoável só porque as coisas deram um pouquinho errado mais uma vez.

—Foi só uma ou outra frase, Charlie, não seja tão dramático. Talvez eu estivesse nervosa, só isso!— você respondeu em alto e bom som enquanto amassava os cabelos, admirando com satisfação o seu reflexo no espelho a partir de diferentes ângulos e poses.

—A verdade é que você não tem se preparado como o resto da equipe! Sempre se atrasando para os ensaios e agora esquecendo as drogas das falas! Você não dá a mínima, não é?

Certo, ele estava bem chateado, você pensou. Poxa, uma pena. No início você até que se esforçou, mas agora admite que ter usado sua breve experiência como atriz para se aproximar de Charlie no evento onde se conheceram meses atrás talvez não tenha sido uma boa ideia.

Decidindo que já estava bonita o bastante, você escancarou a porta forçando uma expressão exagerada de ofensa.

—Foi você quem me escolheu pra ficar no papel principal, Charlie, mesmo sabendo que eu sou iniciante— você repousou uma mão na cintura e a outra no batente da porta, observando Charlie andando de um lado para o outro segurando a Heineken que ele havia pedido logo que vocês chegaram, agora já na metade— Talvez o problema seja você estar acostumado demais com Nicole.

Charlie se virou bruscamente em sua direção pego de surpresa pela menção de sua esposa, mas ficando imóvel ao se deparar com você sem o vestido que usava horas atrás na saída do teatro e no bar onde foram com o resto da equipe, mantendo somente sua lingerie de renda e salto alto.

Qualquer palavra que ele estava pensando em dizer foi silenciada, era tão fácil atingir seu ponto fraco.

Caminhando na direção dele, você apreciou a forma como Charlie percorreu o olhos por todo o seu corpo, prisioneiro dos movimentos suaves que seus quadris faziam enquanto você atravessava o quarto.

Perto o bastante, suas mãos acariciaram o tecido da camisa que sempre lhe caía tão bem, sentindo o calor e solidez que deviam ser há tanto negligenciados, pois pelo menos até onde você sabia Nicole o colocou para dormir no sofá e, no que diz respeito a casos extraconjugais, só há você.

—Eu não sou ela, Charlie. Talvez deva te lembrar disso— você fitou aqueles lábios inalcançáveis, necessitando que Charlie se curvasse para compensar a diferença de tamanho.

O que ele não fez, rejeitando seu apelo silencioso por um beijo. Ao invés disso permanecendo em toda a sua altura e preferindo dar mais uma golada em sua cerveja, para seu desapontamento.

Embora se transformando aos poucos em algo mais, a raiva ainda estava lá. Charlie era complicado em certos momentos, mas tudo bem enquanto ele mirasse seus seios dessa forma, visivelmente se segurando para não libertá-los do sutiã e agarrá-los ali mesmo.

—Charlie, eu prometo que não vai se repetir uma próxima vez. Agora esquece isso, temos tão pouco tempo juntos, não temos essa oportunidade há semanas… — sua voz era mais doce do que mel, em disparidade com seu olhar malicioso, secretamente adorando quando seus erros o deixavam irritado. Algo sobre seduzi-lo a te perdoar sempre te fazia se sentir o máximo.

Sem obter qualquer resposta, você então respirou fundo e começou a desabotoar botão por botão, encostando todo o seu corpo no dele, ao ponto de conseguir sentir a ereção indiscreta se formando por baixo da calça, que foi o suficiente para despertar a umidade entre as suas pernas: era demais, você nunca se acostumaria com o tamanho.

Sem querer perder um minuto sequer, você deslizou a camisa pelos ombros largos deixando-a cair no chão, reservando os primeiros segundos para apreciar forma física de Charlie. Era exatamente como você gostava, forte e amplo com algumas partes macias, como na região do umbigo.

Diferente de você, Charlie se manteve praticamente imóvel analisando cada traço de suas atitudes, principalmente quando suas mãos passearam até a nuca dele enquanto você se erguia na ponta dos pés, seus lábios chegando tão perto de seu pescoço que você poderia sentir o gosto de sua pele, mal podendo esperar para marcar toda aquela extensão pálida com tantos chupões e mordidas que ele teria dificuldade em esconder por um bom tempo. Mais um pouco e você o teria na palma de sua mão… Se você não tivesse sido subitamente puxada para trás por um tranco firme em seu cabelo.

Você grunhiu de dor, segurando instintivamente nos bíceps dele para se equilibrar e olhando confusa para Charlie, que puxou um pouco mais para erguer seu queixo e se elevar a milímetros de distância do seu rosto, com uma expressão de raiva e desejo perfurando você.

—Então você acha que é assim que as coisas funcionam? Hum?

Sua respiração estava desregulada, a dor progredia fazendo o calor em seu sexo crescer substancialmente, te impedindo de conseguir responder, o que rendeu mais um aperto em seu couro cabeludo.

—Me diz, você acha que pode fazer o que quiser e depois é só transar comigo que fica tudo bem?

Você o fitou desafiadoramente, um leve sorriso surgindo em seus lábios.

—Bom… É exatamente isso que tem funcionado até agora, Charlie.

O pequeno músculo acima de seu lábio se contraiu, os dedos emaranhados em seu cabelo te forçaram para baixo, só sendo retirados quando seus joelhos atingiram o chão e você o encarou com os olhos lacrimejantes mais provocadores quanto seria humanamente possível.

—Sabe o que todos da equipe dizem sobre você? Que você não merecia esse papel, mas se conseguiu é porque deve fazer um ótimo trabalho chupando o meu pau— as palavras foram quase cuspidas, tamanho o desprezo ao serem pronunciadas.

Não era novidade, você desconfiava que eles não gostassem de você desde que Charlie te apresentou como a substituta temporária de Nicole. Obviamente a expectativa geral foi que Charlie escolhesse alguém que já trabalhasse com ele, não uma garota qualquer com quem ele claramente tinha um caso.

Não que você se importasse.

—E você acha que eles estão certos, Charlie?— suas mãos alisaram as coxas dele por cima da calça, desafivelando o cinto e então abrindo zíper, puxando as roupas para baixo apenas o suficiente para liberar sua excitação —Acha que eu sou mesmo tão boa assim?

Segurando o olhar instigador de quem queria uma resposta, você o levou na boca. Charlie apertou a mandíbula, respondendo com uma respiração pesada:

—Com certeza você é.

Sendo assim, você o chupou com vontade, apreciando cada polegada do pau grosso e pesado na sua língua.

Uma mão agarrou seu cabelo, controlando o ritmo intenso, seus olhos se desviaram dos dele e repousaram na garrafa de cerveja que ele ainda segurava. Um pensamento inesperado passou pela sua mente, te deixando sedenta.

—É isso o que você quer?— ele pareceu ler sua mente.

Você confirmou, sendo atendida prontamente e fechando os olhos ao saborear o amargor do líquido que agora escorria pelo membro antes de ser levado aos seus lábios. Você sugou cada gota, aprofundando ele na garganta até seu limite e se afastando para respirar. A cerveja favorita dele misturada ao seu gosto resultava em um sabor diferente, delicioso. Você continuou sorvendo tudo até que o orgasmo dele veio, lançado em partes em sua garganta e o resto você estava prestes a engolir quando Charlie, ainda ofegante, te impediu.

—Não, você vai manter aí por enquanto. Será sua punição por hoje.

Você o olhou incrédula, mas ele se manteve irredutível.

Seu desejo estava a mil, o que levou o seu próximo passo a ser justamente respirar fundo prender a mistura de esperma e saliva em sua boca, se odiando profundamente por sentir tanto tesão em se submeter a isso.

—É isso aí. Mulheres como você ficam bem melhor assim, em silêncio— ele recolocou a calça porém retirou o cinto.

Seus joelhos estavam doloridos, a cama parecia tão convidativa que você fez menção de se levantar e ir até ela, apenas para ser novamente interrompida.

—Não, continue exatamente como está.

Você gemeu de frustração, querendo poder provocá-lo a te levar logo para a cama, nem que você tivesse que implorar pelo pau dele, dizendo o quanto você sentiu falta das transas violentas, que eram a única coisa que você pensava em qualquer lugar que estivessem, que as semanas sem vê-lo eram uma tortura porque ninguém mais poderia te satisfazer.

Mas devido a sua situação atual você só pôde se concentrar em não engolir o fluido denso em sua boca.

Charlie descartou a garrafa, passeou por trás de você e agarrou com uma mão só seus dois pulsos, juntando-os atrás das costas e prendendo com o cinto. Mais adrenalina foi injetada em suas veias.

Você o observou voltar ao seu campo de visão e afastar seus joelhos com a ponta do sapato, em seguida o posicionando bem na direção da sua boceta.

—Agora lustre pra mim.

Como é? Ele não podia estar falando sério, você pensou. Você negou com a cabeça, resmungando um “vai se ferrar” mal sucedido. Em troca ele disse seu nome como uma advertência.

—Você só vai poder engolir depois que gozar. Melhor se apressar.

No estado em que você se encontrava, só sabia de duas coisas: que você queria gozar a qualquer custo e que estava difícil manter a boca fechada. Não valia a pena pensar muito. Então você começou a se estimular com movimentos tímidos, um pouco envergonhada no início, mas acelerando a medida que seus fluídos te faziam deslizar no couro e seu clitóris exigia cada vez mais pressão. O prazer aumentava, você adorava a raiva e o tesão que ele te provocava. Em pouco tempo você estava arfando, segurando seus gemidos e apertando suas mãos juntas, entrelaçando os dedos. Sua calcinha impedia o contato direto mas a textura também era agradável conforme você se movia, sem se importar com o quão patética você poderia estar parecendo mediante a figura imponente de Charlie, que parecia ainda mais gigantesca desse ângulo.

Foi difícil conter os gemidos sendo atingida por tanto prazer quando seu orgasmo veio, mas você conseguiu, apertando os dentes e fechando os olhos enquanto as contrações de suas paredes diminuíam, engolindo em seguida a mistura viscosa que fez um excelente trabalho em te amordaçar.

A fraqueza em seu corpo fez com que Charlie precisasse te ajudar a se levantar, a mão agarrando seu braço com firmeza e te deslocando para cima enquanto você cambaleava em seus saltos em direção a cama. Embora livre para falar, a maior prioridade era somente recuperar o fôlego e manter firmeza em suas pernas enfraquecidas. Mas assim que seus joelhos tocaram o colchão, Charlie te soltou e você caiu desconfortavelmente, com o rosto de lado e sem o apoio das mãos. Você resmungou e se remexeu, sentindo a tensão em seus pulsos e ombros que começaram a doer.

—Charlie… Não acha que já pode tirar isso?

Duas mãos enormes agarraram e ergueram seus quadris, sua calcinha foi colocada de lado e sua pergunta totalmente ignorada. Em pé atrás de você, Charlie alinhou o pau na sua entrada, primeiro revestindo-o com a sua umidade, espalhando entre seus lábios antes de empurrar tudo com um impulso só. Você gritou com a intrusão repentina, quase engasgando. Ele não te deu um segundo sequer para se adaptar, enterrando na sua boceta num ritmo doloroso e violento logo de inicio, roubando o ar dos seus pulmões, te dilacerando enquanto você gemia o nome dele descontroladamente entre apelos incoerentes.

—Eu te solto, mas…

Charlie agarrou seus pulsos pelo cinto e te puxou em direção a ele, desafivelando num movimento rápido, libertando seus braços enquanto seu corpo se sustentava apenas nos joelhos. Antes que você percebesse o cinto foi colocado em seu pescoço, sendo puxado apenas o suficiente para cortar parte de sua respiração. Com a cabeça apoiada agora no peito de Charlie, ele aproximou os lábios do seu ouvido.

—…Pode ter certeza de que estamos só começando.


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4 years ago

Só entre nós (Clyde Logan X Leitora)

-Resumo: Muitas garotas gostam de caras mais velhos, e no seu caso, se trata do irmão da sua melhor amiga.

Sugerido por um anônimo.

-Alertas: a personagem-leitora é menor de idade, linguagem explícita, perda de virgindade, diferença de idade, paixão de infância, sexo proibido/amor proibido, voyeur.

-Palavras: 3965.

O sono barulhento de Mellie te impediu de pregar os olhos desde que vocês haviam se deitado horas atrás, após terminarem a lição de matemática. Por mais que ela seja sua melhor amiga desde a infância esse é um traço bem difícil de se acostumar. E como se não bastasse, ela insiste que vocês durmam sempre na mesma cama quando você a visita, outro costume que se tornou complicado conforme vocês cresceram. Você a ama, mas admite que ela consegue ser um saco às vezes.

Droga, Mellie.

Talvez se distrair vendo TV ajude um pouco a relaxar e pegar no sono, visto que os programas de madrugada em West Virginia são tão entediantes que devem servir exclusivamente a esse propósito. Com cuidado para não acordar sua amiga, você se desvencilhou daquele abraço de corpo inteiro, levantando-se do desconforto da cama. Aliviada, atravessou o quarto com os pés descalços e fechou a porta atrás de si.

Enquanto passava pela penumbra do corredor estreito em rumo à sala, um barulho num dos quartos logo atrás te chamou a atenção. Mellie morava com os irmãos mais velhos, mas vocês estariam praticamente sozinhas a noite inteira, já que Jimmy está viajando e Clyde geralmente passa a noite no Duck Tape.

Só de pensar a respeito de Clyde seu coração acelera. Desde criança você o adora, e apesar dele ainda ser um adolescente na época, era ele o seu herói. E até hoje ele vem mexendo com a sua cabeça mais intensamente a cada dia, te fazendo temer o que sente.

Seus pés te guiaram de forma quase automática de volta ao início do corredor, para confirmar sua suspeita através dos sons, com o ouvido próximo à porta, atenta. Você captou a movimentação. Ele está lá dentro. E está acordado. Clyde havia fechado o bar e voltado mais cedo. Seu coração deu um pulo.

Provavelmente você estava distraída na cama e não o havia escutado chegar.

Pensando bem, isso também pode ser culpa do roncar estrondoso de Mellie.

Que seja, o importante é que há uma pequena fresta de quase dois dedos de largura na porta bem diante de você. Sem saber exatamente o motivo ou o que esperar encontrar, você foi tomada por uma curiosidade quase instintiva. Aproveitando a camuflagem que a escuridão da casa fornecia a seu favor, você posicionou o rosto cuidadosamente entre o batente e a abertura estreita, dando uma espiada de um olho só, jurando que não faria mal algum se não demorasse muito.

Clyde estava de pé e, sorte sua, de costas para a porta, bem no centro de seu campo de visão. À frente dele uma janela meio aberta permitia a entrada da luz externa, pálida e azulada, tornando seu corpo uma silhueta enorme e escura. Que pena, você poderia se perder nos detalhes daquela pele cheia de sardas por horas e horas.

Em contrapartida, para seu deleite, ele parecia estar se despindo. Você mordeu o lábio inferior, nunca havia visto um homem tirando a roupa, e agora estava apreciando sua paixão antiga e secreta o fazendo bem diante de seus olhos. Sua ousadia te surpreendeu, acompanhada por uma sensação que pareceu vibrar logo abaixo de sua barriga.

Enquanto desabotoava a camisa, os bíceps de Clyde se contraíam e relaxavam, você captou cada movimento em seu estado de alerta. Ele era lindo de um jeito bem diferente dos garotos da sua idade, e você já estava no último ano do período escolar. Clyde é muito mais atraente e gentil do que todos eles, talvez por isso até hoje ninguém havia te despertado o interesse. Há muito tempo você só tinha olhos para o irmão mais velho da sua melhor amiga, antes mesmo de saber o que isso significava.

Você sabia que precisava voltar ao quarto de Mellie, mas quanto mais olhava, mais distante essa ideia parecia. Não era sua culpa, a presença de Clyde sempre foi o suficiente para desestabilizar seu raciocínio lógico. Basta ele te olhar, te divertir com alguma piada ou ajudar você e Mellie com as lições da escola para seu coração palpitar. Nesses dias, você costuma dormir agarrando o travesseiro, sorrindo até pegar no sono.

Olhando-o agora, a forma como a camisa desceu pelos ombros largos e expôs os braços fortes- com maior cuidado ao passar pelo antebraço mecânico- você sentiu uma necessidade sufocante de tocá-lo, de sentir a textura de sua pele, seu calor.

Você se flagrou o achando mais atraente do que nunca.

Você respirou fundo tentando conter o calor que se iniciou entre as pernas, hipnotizada pela forma como a extensão musculosa das costas de Clyde se moviam suavemente com a respiração enquanto ele, agora, desafivelava o cinto. Quando o objeto atingiu o chão com um som abafado, seu coração disparou, você sentiu algo na sua calcinha. Estava ficando levemente molhada. Você queria ver mais, queria tocá-lo, abraçá-lo, beijá-lo. Queria que ele te tocasse. Onde o calor se concentrava, lá em baixo. Onde ninguém além de você havia tocado. Só de imaginar suas coxas se apertaram. Você estava maravilhada com seus desejos contidos se fundindo ao momento presente, recheado de sensações em seu corpo.

Subitamente Clyde parou o que estava fazendo e virou o rosto de lado, lhe dando a visão da bela silhueta de sua fronte, de seu nariz proeminente e lábios carnudos rodeados por um cavanhaque charmoso, para murmurar casualmente:

—Não acha que já viu o bastante?

Uma bomba relógio pareceu ser ativada dentro de você.

Merdamerdamerdamerda.

Você levou a mão à boca com medo de emitir algum som, na esperança fracassada de ainda se manter oculta, e moveu um pé lentamente para trás, pronta pra dar o fora dali o mais rápido possível.

Droga, ele sabia que você estava ali o tempo todo? Ele vai te odiar tanto de agora em diante, que merda estava passando pela sua cabeça para fazer algo tão patético? Se ele contar aos seus pais, você está fodida!

Seu coração queria quebrar seu esterno, você jurava que iria explodir. Afastando-se devagar, você começou a tremer, queimando de vergonha. Suas costas esbarraram contra a parede, seus olhos estavam ainda pregados na abertura da porta, agora distantes demais para distinguir o interior do quarto.

Clyde exalou uma breve risada e disse seu nome, não muito alto, somente o bastante para você ouvir.

A pouca calma que o cérebro tentava forçar sobre o corpo se dissipou como fumaça.

Você ouviu passos calmos e pesados se aproximarem, sem conseguir fazer nada além de tentar permanecer imóvel o bastante para ser absorvida pela parede. Quando a porta se escancarou, seus nervos saltaram e seu olhar se fixou no chão, mãos se contorcendo juntas atrás das costas, como uma criança esperando um castigo inevitável. Clyde respirou profundamente, você podia sentir o olhar dele te liquefazendo. O momento pareceu se estender por uma eternidade, para seu desespero. Depois de alguns segundos de silêncio corrosivo, ele disse:

—Deixe eu adivinhar. Você acabou de se esquecer para qual lado fica a sala.

A voz dele, além de profunda e baixa, tinha uma pitada de humor. Você poderia ter sorrido se fosse em outra ocasião, mas nessa seu constrangimento só aumentou.

Ciente de que nenhuma desculpa era plausível o bastante para aliviar a vergonha de ter sido pega no flagra, você expulsou algumas palavras trêmulas de sua garganta seca.

—Me desculpe… E-eu não sabia que você…

Antes que pudesse terminar a frase Clyde deu um passo à frente e levou a mão delicadamente ao seu queixo. Suas palavras morreram, você tremia. O toque quente e amigável ergueu seu rosto em direção ao dele. Você piscou algumas vezes quando seus olhares se encontraram. Sua visão, já habituada à ausência de luz, captou um leve sorriso no canto dos lábios.

—Seus passos deveriam ter sido mais silenciosos, garotinha.

Você não entendeu onde ele queria chegar, mas pela forma como as palavras foram ditas e pela suavidade em seu rosto bonito ele não parecia estar bravo. O roçar do polegar em seu queixo contribuindo para prolongar o tremor.

—Desculpe, Clyde — Você finalmente disse, sussurrando e negando com a cabeça, evitando-o. Ele apenas assentiu. Você percebeu o quão perto ele estava. Droga, por que você não para de tremer?

—E-eu acho melhor eu voltar…

—Não. — A voz foi mais respiração do que som. O polegar grosso passeou até seu lábio inferior e o acariciou uma, duas vezes. Foi o bastante para roubar seu fôlego e renovar a necessidade entre as pernas. Se afastando de você e acenando com a cabeça em direção ao quarto, ele disse —Entre.

Sua visão percorreu a figura por impulso, vislumbrando o peito forte e o abdômen largo, uma fina carreira central de pelos próxima ao umbigo desaparecia onde a calça começava.

E olhou mais uma vez de baixo para cima, antes de encontrar os olhos de Clyde, focados em você.

Essa proximidade foi muitas vezes sonhada, você não conseguiria negar e se afastar, por mais que fosse o certo a se fazer. A mão mecânica se pôs espalmada na porta, mantendo-a aberta. Contaminada pela energia pesada que pairava no ar, você deu um passo após o outro, se sentindo insegura e em êxtase.

O chão sob seus pés parecia frio demais- ou era sua pele que estava em chamas?

Clyde entrou logo atrás de você, fechando a porta e te encurralando contra ela num movimento inesperado. Você se perdeu nos detalhes do rosto quase encobertos pela escuridão, tão familiar, mas tão inexplorado. E tão perto do seu. Clyde também estava te observando, mapeando você com admiração e desejo, a doçura em sua expressão contrastava com a forma física intimidadora, e a sensação poderia se comparar a de estar entre duas paredes imensas, exceto que uma delas acabou de se curvar e pressionar o corpo quente e os lábios macios contra os seus.

Foi intenso, impulsivo, te arrancou um gemido. Você estava prestas a rodear o pescoço dele com seus braços quando o beijo foi quebrado.

— Eu te quero tanto. — os olhos de Clyde continuaram fechados, o nariz roçando o seu. —Tanto… Mas isso tem que ficar só entre nós.—Seu nome saiu dos lábios dele como um sopro— Diz pra mim, diz que você também me quer.

Você se surpreendeu com essa preocupação, visto que para você os sentimentos eram óbvios, já que agia quase como uma idiota ao redor dele há anos. Arfando, você sabia exatamente o que estava prestes a acontecer, e você o queria, queria muito.

—Claro que eu te quero, eu só… — O difícil era como dizer para convencê-lo— Ninguém vai saber, eu prometo… Todas as garotas da minha idade já se envolveram com vários caras, inclusive mais velhos, menos eu… Clyde… Eu nunca quis outra pessoa.

Você confessou, finalmente. Seu tom sincero, quase em súplica, pareceu ter sido o bastante, tendo em vista que ele assentiu, adotando uma postura mais cuidadosa e voltando a te beijar. Apesar de já conhecer seu cheiro delicioso, que na maioria das vezes era de suor e desodorante masculino, de já ter tocado seu cabelo e sentir como deslizava entre dedos já que você e Mellie gostavam de trançá-lo de brincadeira, e de ouvir sua voz há anos, tudo parecia novo agora. Tão familiar, ao mesmo tempo tão desconhecido. Você se apegou a esses detalhes como se fosse a primeira vez.

Clyde empurrou a língua contra seus lábios e você aceitou, faminta. Você já havia beijado um ou dois caras antes, mas não dessa forma tão voraz. A textura do cavanhaque era agradável em sua pele, quase como cócegas, o tronco firmado em seu corpo, que parecia tão pequeno, era provocante.

Braços fortes te içaram com facilidade sem interromper o beijo, segurando suas coxas abertas encaixadas contra a protuberância da ereção, os dedos- tanto os reais quanto os mecânicos- cavaram sua pele, enquanto era levada em direção à cama.

Você o agarrou com o corpo inteiro e sua boceta se contraiu. Você adorava o quão alto ele era, isso por si só já te excitava. Seus quadris pressionaram os dele, arrancando-lhe um gemido abafado. Você gostou da sensação. Ele parecia enorme, como todo o resto. Apesar de não ter transado ainda, você sabia pelas conversas com suas amigas que quanto maior, melhor.

Clyde te colocou na cama com suas pernas ao redor da cintura. O beijo terminou com um estalo baixo, ambos estavam sem fôlego. O gosto deixado em sua língua tinha um toque distante de uma bebida alcoólica qualquer que você experimentou meses atrás às escondidas numa festa, isso aumentou ainda mais a adrenalina tentadora de estar mergulhando no proibido. Você relaxou contra a cama espaçosa, afundando no colchão. Seus olhos se fecharam quando duas temperaturas opostas fizeram a pele de sua barriga se arrepiar: de um lado a mão calejada e quente, do outro, o metal liso e frio, subindo juntos em direção aos seios por baixo da blusa fina de seu pijama favorito, o acesso livre devido a ausência de sutiã.

Os apertos deliciosos se revezavam com toques circulares, ora apertando e puxando, ora acariciando os mamilos. Você mal percebeu quando começou a gemer, Clyde foi rápido e te silenciou com mais um beijo longo.

—Tire a roupa pra mim, antes que eu as rasgue.— Clyde ordenou, com a voz sussurrada embargada de desejo, próximo ao seu ouvido. Os cabelos se realinharam novamente conforme ele se levantava. Já em pé próximo a cama, ele desceu a calça pelas pernas grossas, se elevando sobre você.

Sedenta, você puxou a blusa sobre a cabeça com as duas mãos e a lançou para o lado, deixando-a se perder entre os cobertores. A iluminação fraca te deixou confortável ao expor seu corpo.

Clyde murmurou o quanto você é perfeita, o que foi bastante encorajador. Ver o efeito que você causou nele foi incrível, você não imaginava que poderia ter esse poder sobre um homem. Você se sentiu sexy. Sorrindo maliciosa, você fincou os polegares sob a calcinha e deslizou vagarosamente junto com o short pelos quadris levemente erguidos. Clyde estava apalpando o próprio sexo por cima da cueca enquanto observava. As peças também se perderam na cama assim que passaram pelos seus pés.

—Porra… Assim vai ser difícil me segurar, garotinha. — Apesar do tom de voz baixo, você captou a maneira como a última palavra foi saboreada ao ser pronunciada. Ele retirou a última barreira e acariciou o membro grosso e ereto.

A visão do pau de Clyde pulsando por você e expelindo o líquido transparente, que ele espalhou pela cabeça com o polegar antes de continuar se bombeando para baixo e para cima, te encheu de tesão e coragem. Você queria se mostrar suficiente, que sua idade e inexperiência não seriam empecilhos.

Não poderia ser tão doloroso assim, afinal.

—Então não se segure, Clyde, eu… Eu acho que posso aguentar. —Você sussurrou afastando as coxas aos poucos, convidativa.

—Paciência, garotinha… — A cama rangeu quando ele subiu, um joelho após o outro, se colocando entre as suas pernas — Primeiro eu quero te provar.

E então ele se espalhou em cima de você, mordendo seus lábios, seu pescoço, devorando seus peitos. Os dedos estavam por toda parte, amassando sua cintura, apertando seus quadris, conforme mordiscava e chupava a pele descendo próximo à sua boceta.

Você estava maravilhada com os formigamentos de cada sucção, sendo forçada a tapar a própria boca para não gemer. A mão livre acariciou dos ombros ao pescoço de Clyde, se acomodando entre as mechas.

— Essa bocetinha já está desesperada por mim. — Clyde rosnou antes de lamber uma linha longa e lenta. Você gritou em sua mão, fechou os olhos e ergueu as costas num arco. A outra mão puxou forte o cabelo de Clyde, mas se o incomodou, não pareceu.

A língua dele era habilidosa, molhada e quente, mil vezes melhor do que seus próprios dedos. Estava cada vez mais difícil se manter quieta perante o prazer arrebatador que se espalhava até às extremidades de seu corpo. Conforme ele explorava, você enlouquecia, suando contra os lençóis. Suas coxas se apertavam involuntariamente- os cabelos roçando nelas quase faziam cócegas. Clyde segurou com força na parte de trás dos joelhos para mantê-las abertas.

O orgasmo veio rápido quando ele se dedicou ao clitóris, lambendo e chupando com intensidade. Seu útero se contraiu, você se arqueou, rolando os quadris até o fim dos espasmos, quando, satisfeita e maravilhada, se afastou levemente.

Passaram-se alguns segundos até que sua recuperação da fraqueza pós-orgasmo fosse suficiente para abrir os olhos, respirando fundo, com medo de tudo ter sido um sonho.

Graças aos deuses, não era. Clyde estava ali, com o rosto avermelhado, cabelos grudados no suor, se masturbando enquanto rodeava com os dedos metálicos a sua entrada virgem. A adrenalina tornou seu sangue lava mais uma vez, você mexeu os quadris ansiosa por sentir algo dentro de você. Clyde entendeu seu desejo.

Era audível o quão molhada você estava, um dedo deslizou com certa facilidade, te abrindo aos poucos conforme cada articulação artificial era agarrada por suas paredes. A dor aguda foi rapidamente ultrapassada pelo prazer quando você sentiu o dedo se curvar e atingir um local específico, os movimentos eram delicados. Quando mais um dedo entrou você soltou um gritinho obsceno e olhou Clyde com os olhos arregalados.

—Shh… Eu adoraria te ouvir, mas agora você precisa ficar quietinha. — O desejo escorria pela voz, as carícias em seu próprio membro se intensificaram— Mas eu prometo que você vai poder se soltar da próxima vez.

Você mordeu o lábio e assentiu.

Ele disse que terá uma próxima vez.

Você brilhou por dentro, se habituando à dor.

— Clyde… Acho que estou pronta, eu quero muito você dentro de mim. — Sua voz saiu como um lamento, estranha até para você.

— Coisinha ansiosa… Como quiser — Disse ele, encaixando os quadris nos seus, ainda de joelhos. Os dedos saíram da sua boceta e ele os sugou com os lábios carnudos, olhos fixos em você.

A mão com a qual ele se masturbou guiou o membro à sua boceta para se revestir ao máximo com a umidade. Você fechou os olhos, se preparando.

—Não, eu quero você olhando pra mim. — O tom gutural fez sua boceta se apertar

Você obedeceu, já tremendo de antecipação. Receber ordens dele era, por algum motivo, extremamente excitante.

Desse ângulo Clyde parecia ainda maior, se é que é possível. Os ombros largos e traçados, o peito e tronco firmes brilhando de suor combinados ao braço mecânico lhe conferiam uma aparência poderosa, tecnológica, ao mesmo tempo intimidadora e sexy. Ele perdeu o antebraço quando serviu ao exército alguns anos atrás, você se lembra da partida e principalmente do quanto te machucou ficar longe dele, do seu herói. Quando ele retornou você ficou em êxtase, jamais esqueceria aquele abraço de urso que ele deu em você e em Mellie ao mesmo tempo, com os braços ainda mais musculosos, moldados pela brutalidade da guerra, esmagando-as contra seu corpo.

E agora, quem diria, aqui estava você. Na cama com ele, tendo a boceta preenchida vagarosamente com os primeiros centímetros de seu pau enorme.

A mandíbula de Clyde estava tensa, ele não tirava os olhos da sua boceta o engolindo. À medida que deslizava a dor te consumia, você novamente tapou a boca para conter os gritos, seu corpo recuou por instinto, mas as duas mãos em seu quadril te puxaram para baixo, deslizando-a pelo colchão e enterrando o pau até a metade. O grito mal pôde ser contido pelas duas mãos, sua cabeça caiu para trás, pálpebras fechadas com força. Seu corpo ficou tenso, você não notou que estava soluçando. Clyde rosnou sob seu aperto.

—Calma… Relaxe pra mim. — As mãos acariciaram as laterais, aliviando um pouco a tensão. A dor era pior do que você esperava, você ficou feliz que, apesar de seu pedido para que ele não se segurasse, Clyde a deixou se adaptar, se mantendo imóvel.

Ao abrir os olhos, algumas lágrimas escorreram. Curvando-se para frente, Clyde as recolheu com o polegar e levou aos lábios, sugando-as com devoção. Era claro o quanto ele estava deslumbrado pelo seu corpo e pelas suas reações. Respirando fundo, você aceitou a dor. A penetração continuou lentamente. Os traços do abdômen de Clyde mudavam com os movimentos, a pele pálida se expandia e contraída, entre gemidos másculos que ele tentava conter. As mãos subiram aos seios e se fixaram, apertando.

—Toque-se. Me mostre como você faz quando pensa em mim.

O fato dele saber disso fez suas bochechas queimarem, mas você obedeceu mesmo assim.

Olhando-o diretamente nos olhos, sua mão deslizou até seu clitóris e o provocou. A expressão dele era selvagem, te devorava, te consumia. Os cabelos iam e voltavam, balançando despenteados, a mandíbula se afrouxava e se apertava. Você estava tão inebriada que não se deu conta quando os movimentos se tornaram mais rápidos até que a cama estivesse rangendo e batendo em golpes secos contra a parede.

Clyde se apoiou com os cotovelos nas laterais de seu rosto e te beijou, lascivo, engolindo seus gemidos. Você sentiu que ia gozar mais forte do que nunca.

Os espasmos em seu úteros foram doloroso e levaram Clyde à loucura.

Ele expeliu xingamentos e elogiou entre dentes o quão apertada você era. Você o agarrou pelos braços, e sem perceber fincou as unhas, ele se deitou sobre você te esmagando contra o colchão, socando fundo e rápido. Você gritou e mordeu instintivamente um dos ombros em resposta à dor dos golpes que chegaram em seu colo do útero, no ápice do gozo. Clyde urrou mas não se afastou, permitindo que você descontasse seu tesão como bem quisesse.

Seu orgasmo atraiu o dele -que apesar de feroz conseguiu diminuir a intensidade da expressão vocal. O membro foi retirado e estimulado por sua mão, lançando o esperma em jatos longos sobre todos os lados de seu torso. Era quente e pegajoso, você observou maravilhada o resultado do prazer que o deu.

Clyde desabou ao seu lado.

O ambiente foi preenchido pelas respirações cansadas. O mundo real caiu aos poucos sobre vocês como um manto pesado. No olhar do homem com o qual você tanto sonhou havia uma pontada de culpa, para seu desapontamento. Você não queria que ele se sentisse assim, ele te fez tão bem. Tanto que você não queria que essa noite terminasse nunca.

Mas você não conseguiu dizer nada, apenas o olhou, carregada de sentimentos. Você sabia que era errado, entendia o lado dele, como adulto.

Clyde se levantou e buscou uma toalha, passou-a carinhosamente em sua pele como se feita de vidro, o lábio inferior estava cheio e projetado como de costume. Terminada a limpeza, ele jogou a toalha para o lado e se sentou com as costas apoiadas na cabeceira da cama. Você se aconchegou no colo dele. Uma mão grossa correu os dedos por seus cabelos e desceu pelas costas. Vocês ficaram assim por vários minutos.

—O mais complicado é que eu quero você aqui comigo para sempre. — Ele sussurrou, você sentiu o quanto o coração estava acelerado no peito.

—Eu também.— você murmurou, acariciando o cavanhaque com os dedos. Clyde era simplesmente encantador.

Infelizmente logo você se vestiria e iria para o quarto de Mellie, a dor em seu núcleo seria difícil de disfarçar por uns dias, mas você daria um jeito.

Você esperou tanto por ele, poderia esperar mais um pouco se fosse necessário.

Mas amanhã vocês teriam essa conversa. O momento presente era mais importante.

De olhos fechados, sua testa foi beijada docemente.

Ele sempre fazia isso, mas nunca era o bastante, você queria mais e mais.

Até agora. Porque dessa vez foi o suficiente.

Selou o sentimento, que ainda era perigoso demais para ser dito. Você soube, lá no fundo, que o amava.


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depositodamaria - Depósito da Maria
Depósito da Maria

Maria, escrevendo tralhas +18 sobre o Adam Driver/Personagens. Inadequado para todos os públicos.

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