05.Ninfa
Estou perdido no meio de um oceano
sem nome.
A Lembrança do seu olhar,
com brilho de ametista,
decapta minha sobriedade momentânea.
E que brilho tão lindo...
Um brilho místico, encharcado
de sonhos desmaterializados
e segredos que só um coração pensante
entenderia.
Deusa?
No mínimo uma mortal muito especial.
Um reflexo alegre e brincalhão,
em forma de fogo brando,
serpenteia em meu âmago
ao circunscrever seus traços, em pensamentos.
Sua voz longinqua e eficaz
mostra-me o caminho.
Momentos suntuosos e inesquecíveis
que hibernam em algum recanto
da nossa consciência, desabrochanão,
e nesse dia
nossas almas chorarão e se abraçarão
em decorrência da maior descoberta.
E o círculo estará completo...
Reis, Rainhas, Deuses e Bufões
estarão de mãos dadas,
comemorando a adormecida descoberta,
numa erupção de alegria
e estilhaçamento
de qualquer céptico ponto de vista.
Tudo será amor;
Amor...
Mas enquanto o dia não vem,
escondemo-nos atrás de feições;
continuemos dizendo e não sentindo,
sentindo e não dizendo
em um dia comum
e diferente de todos os outros.
Agosto de 1991
✨✨✨
Obs.: Escrevi esse poema quando eu tinha 19 anos, para a minha grande amiga Náiade Fukushima Trindade . Em determinado ponto do poema, mais ou menos na metade, ele traz a tona a inquietação de uma mente em ebulição com o tema da morte. Apesar da minha discrição e timidez, os pensamentos eram acelerados e precipitados, sempre tentando achar respostas para as grandes questões da vida que a maioria preferiria deixar prá trás. Nesse dia que escrevi isso, a minha ansiedade me levou a vislumbrar o outro lado da vida como uma continuidade e, intuitivamente, acessei esse mundo do além e entrevi a lógica da reencarnação (Reis, Rainhas, Deuses e Bufões). Escrevi sem compreender mas, não muito tempo depois, a grande amiga Débora Assis me emprestou um livro chamado "O Morro das Ilusões", da Zíbia Gaspareto. Esse livro foi um divisor de águas na minha vida; dali até Kardec foi um pulinho! Então comecei a entender o que eu mesmo escrevi e as visões que tive nesse dia, sobre as pessoas "atuarem" em papéis temporários aqui na Terra, quando "vestidos" de um corpo físico.
Eu te amei tanto, tanto que romantizei a dor. Te ver indo embora, me fez ver o pior lado das pessoas.
E é sempre lembrando, que eu quero muito esquecer. Todos aqueles dias, todos os planos, que perdi fazendo com você.
Mas você vem da pior forma, vem se alastrando dentro de mim. Chega em forma de filme ou de música, e, às vezes, chega no final de domingo.
Mesmo eu me esforçando muito, vejo que não é o suficiente. Eu não te esqueço, eu ainda te amo, você corre dentro de mim, como sangue quente.
03.03.2015 - "Quando aprendermos a agradecer, estaremos a um passo de aprendermos a amar / Kiam ni lernos danki, ni estos je unu paŝo lerni ami" (Cláudio Tadeu Cavallote)
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🔸Meu nome é Cláudio, nasci em 1972, na cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Sou vegetariano e esperantista. 🌱
🔸Mi nomiĝas Cláudio, mi naskiĝis en jaro 1972, en la urbo Mogi das Cruzes, San-Paŭlo, Brazilo. Mi estas vegetarano kaj esperantisto. 🌱 🔹Poesias..............................Cacos de Sonhos
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Há dias em que a mente transborda. O peso invisível das preocupações, das cobranças, e do fluxo incessante de informações nos empurra para longe de nós mesmos. É nesses dias que o coração clama por simplicidade, por uma pausa. Vem o desejo de sair de casa, de sentir a terra sob os pés descalços, o calor do sol na pele, e deixar a brisa suave levar, pouco a pouco, o que não pertence mais.
Há dias em que abrir as redes sociais cansa, quando a enxurrada de vidas alheias — muitas vezes desconhecidas — nos satura. A exposição parece excessiva; as telas, invasivas. E tudo que queremos é um desligar. Desligar o celular. Desligar as telas. Desligar o ruído do mundo para ouvir, por fim, nossa própria voz. A voz que pede descanso, que pede um momento para abrir aquele livro esquecido, que implora por calma.
Há dias em que queremos apenas cuidar de nós mesmos. Atender ao que o corpo sussurra, silenciar a pressa, e sentir a respiração preenchendo os pulmões, saindo mais leve, mais solta. Dias em que tudo que almejamos é ser humanos na essência: básicos, primordiais, conectados às nossas necessidades mais simples e vitais.
Há dias, enfim, em que existir de forma plena já é a maior forma de resistência e beleza. E talvez, nesses dias, sejamos mais livres.
🔹 Quando se diz que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, isso é referente ao espírito que habita o homem, não ao seu corpo perecível.
🔹 Kiam oni diras, ke la homo estis kreita laŭ la bildo kaj simileco de Dio, tio aludas al la spirito, kiu loĝas en la homo, ne al lia pereema korpo.
23.05.2025 - "As preciosas essências guardam-se em pequenos vasos / Malgranda aspekte, sed granda intelekte"
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L'infero estas malplena, ĉiuj demonoj estas tie ĉi // O inferno está vazio, todos demônios estão aqui (Shakespeare)
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